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Deserto do Atacama vira lixão do fast fashion

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Deserto do Atacama. Foto: sunsinger / Shutterstock.com

Publicada nos últimos dias em quase todos os grandes veículos de comunicação do mundo, uma foto impactante de uma montanha de roupas no meio do nada chamou a atenção das pessoas nos quatro cantos do planeta.

Quando leram a legenda, muitos custaram a acreditar. Mas um famoso ponto turístico sul-americano, o Deserto de Atacama, acabou também um destino para o descarte incorreto e inconsequente de vestuário não comercializado de lojas dos EUA, Europa e Ásia. 

Localizado em um dos países mais ricos da América Latina, o lendário Atacama “ganhou” nos últimos anos toneladas de tecidos, depositadas em uma espécie lixão clandestino, fruto do consumo excessivo de roupas. 

A paisagem, que agora virou um lixão do fast fashion, apresenta números preocupantes: cerca de 59 mil toneladas de roupas entram na zona franca do porto de Iquique, a 1.800 quilômetros de Santiago, todos os anos. 

Os vestuários, quando não são comprados nas prateleiras, são levados ao porto do Chile, para serem revendidos a outros países. O que novamente não é comercializado é simplesmente descartado no deserto. 

Fast Fashion

A indústria da moda responde a 8 ou 10% da emissão de gases do efeito estufa, de acordo com parecer das Nações Unidas, ficando atrás apenas das indústrias de petróleo e gás.

Recentemente, algumas das maiores ONGs ambientais da Europa uniram forças para exigir o fim do que ficou conhecido como fast fashion na indústria têxtil.

O grupo revelou que além de rejeitar uma série de acordos propostos pelas companhias e governos, ainda pediu aos representantes da União Europeia a responsabilização das grandes marcas por sua contribuição para a poluição global.

As medidas propostas incluem padrões mínimos de quanto tempo as roupas devem durar e exige regras urgentes para os produtos químicos utilizados na indústria da moda e medidas para combater seus danos ambientais e sociais.

As ações fazem parte da campanha Wardrobe Change (Revolução do Guarda-Roupas) e demandam uma legislação que impeça a superprodução descontrolada de produtos têxteis e reduza o impacto ambiental.

As medidas propostas incluem padrões mínimos de quanto tempo as roupas devem durar, a proibição da destruição de mercadorias não vendidas e devolvidas, além de metas ambiciosas para uma redução expressiva na quantidade de recursos naturais utilizados em toda a cadeia produtiva.

O grupo também exige regras urgentes para os produtos químicos utilizados na indústria da moda e medidas para combater seus danos ambientais e sociais, incluindo iniciativas de fiscalização sobre violações dos direitos trabalhistas, recorrentes no segmento.

O movimento ganhou força nos últimos meses em função de pesquisas que indicam que a produção de produtos têxteis e seus impactos ambientais e sociais não param de crescer, apesar de muitas iniciativas de sustentabilidade estarem em andamento.

Texto produzido em 12/11/2021


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