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Dicas para uma cozinha mais barata e sustentável

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Uma alimentação saudável está diretamente ligada a uma alimentação mais sustentável. Foto: Ready Made / Pexels

Canudos retornáveis, copo reutilizável, produtos de limpeza biodegradáveis e restaurantes que adotam medidas de lixo zero são algumas das diversas alternativas que o mercado oferece para um menor impacto ecológico na cozinha. Essas soluções são repostas para a rotina da maior parte dos brasileiros que busca por um estilo de vida mais sustentável e já demonstra um aumento na preocupação por uma alimentação saudável, de acordo com dados da Pesquisa Akatu 2018.

No entanto, os números de desperdício de alimentos ainda são alarmantes: um terço do que é produzido em todo o mundo é perdido em alguma etapa da cadeia ou desperdiçado pelas pessoas em restaurantes ou residências, de acordo com dados do relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Uma grande quantidade de recursos naturais, como água, terra, adubos minerais e energia elétrica usados em sua cadeia de produção são jogados no lixo junto com eles.

Mas como você pode tornar a sua cozinha mais sustentável evitando o desperdício e contribuindo para um menor impacto ao meio ambiente? O Recicla Sampa conversou com a nutricionista clínica funcional Carina Müller, que garante: uma alimentação saudável está diretamente ligada a uma alimentação mais sustentável. Confira algumas dicas e inspire-se.

Compre apenas o que vai consumir

Ser sustentável na cozinha é mais barato do que optar por um estilo de vida comum. Planeje suas compras e tenha como base o consumo consciente, onde você vai comprar realmente apenas aquilo que precisa. Antes de ir às compras, sempre olhe geladeira e dispensa. Depois, faça uma listinha apenas com o que vai usar durante aquela semana para não comprar nada além do necessário.

"Só de evitar o desperdício você já está economizando muito", garante Carina.  

Incentive o produtor local

Comprar em feiras orgânicas é a melhor opção para quem deseja uma alimentação saudável, já que os produtos ali vendidos não foram cultivados da forma convencional, portanto, não usam agroquímicos como agrotóxicos, fertilizantes e outras substâncias que contaminam o solo, os lençóis freáticos, rios e mares.

Além disso, a produção local gasta menos combustível para trazer o alimento até sua mesa na medida que são feitos na região e, por isso, viajam poucos quilômetros. “A emissão de carbono é menor, portanto, você polui menos o ambiente”.

Elimine o uso do plástico

Optar por compras a granel é uma das alternativas para reduzir o uso das embalagens plásticas. Além de poupar dinheiro, porque você não está pagando o custo da embalagem que geralmente vem embutido no preço do produto, você ainda pode selecionar os itens conforme o seu gosto e comprar exatamente a quantidade que necessita, evitando o desperdício.

Uma outra solução para as embalagens plásticas é o reaproveitamento. “Eu utilizo sempre para congelar alimentos, ou para transportar de um lugar para o outro. Mas o mais interessante mesmo é não consumir”, explica Carina. De acordo com a especialista, produtos in natura também são mais saudáveis do que os processados ou embalados. “As embalagens plásticas soltam substâncias tóxicas nos alimentos, tornando-os menos saudáveis”, conta.

Evite o desperdício

“Praticar uma cozinha mais sustentável é também aproveitar o máximo dos alimentos, sem desprezar as cascas, o talo e as sementes, por exemplo”, defende Carina. Além de economizar financeiramente, a chef explica que essas partes dos legumes ou das frutas geralmente possuem muito mais nutrientes do que a poupa. “E dão também maior saciedade, uma vez que possuem mais fibras.

A dica para quem acaba não utilizando o produto por completo é a compostagem, um método natural que transforma restos de alimentos em composto orgânico, que servirá depois como adubo para plantas e hortaliças. Mas lembre-se de que essa é uma alternativa apenas para aquilo que realmente não dá mais para usar. “Existem muitos alimentos que poderiam ser consumidos e que acabam indo para o lixo. Temos que ficar atentos para aproveitá-los integralmente antes de irem para a composteira”, diz Carina.

Texto produzido em 23/01/2020


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