08 de Novembro de 2024,10h00
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As emissões líquidas totais de gases de efeito estufa na União Europeia (UE) registraram uma queda de 8% em 2023, informam dados preliminares do relatório "Trends and Projections" da Agência Europeia de Meio Ambiente (EEA).
Segundo a entidade, esse avanço é impulsionado pela redução no uso do carvão, pelo crescimento das fontes de energias renováveis e pela diminuição no consumo de energia no continente.
O relatório aponta que em 2023 as emissões totais da UE foram 37% inferiores aos níveis de 1990, dado que indica um forte movimento em direção à neutralidade climática.
Após dois anos de progresso mais lento, devido à recuperação pós-pandemia e à crise energética, a União Europeia retoma a trajetória de queda acentuada nas emissões.
Contudo, o estudo destaca que será necessário manter esse ritmo para atingir as metas climáticas e energéticas de 2030 e 2050.
O EU Climate Law estabelece a redução líquida de 55% nas emissões até 2030, em comparação com os níveis de 1990, e a neutralidade climática até 2050, conforme os compromissos do Acordo de Paris.
A Comissão Europeia também propôs uma meta de redução líquida de 90% para 2040.
Projeções com base nas medidas climáticas já implementadas indicam uma redução de 43% nas emissões líquidas até 2030, mas 22 Estados membros apresentaram estimativas adicionais que, se implementadas, podem reduzir as emissões em até 49% em relação a 1990 até 2030.
A grande responsável por esse progresso tem sido a aceleração da descarbonização da economia europeia, principalmente com a expansão das energias renováveis e a redução do uso de combustíveis fósseis.
A participação das energias renováveis na matriz energética da UE saltou de 10% em 2005 para 24% em 2023, segundo estimativas da EEA. Além disso, o consumo de energia continua em queda: o uso primário foi reduzido em 19% desde 2005, enquanto o consumo final de energia caiu 11% no mesmo período.
Embora o progresso seja significativo, o relatório alerta que será necessário um esforço contínuo para cumprir as metas de longo prazo. Atualizações nos planos nacionais de energia e clima, com a inclusão de novas medidas, serão fundamentis para reduzir ainda mais a lacuna entre as projeções e as metas estabelecidas.
Ou seja, a ambição coletiva da UE em relação ao clima precisa ser mantida para que o bloco atinja seus compromissos.
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