20 de Maio de 2019,12h00
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A cidade de São Paulo ganhou um aliado de peso quando o assunto é coleta seletiva: o Movimento Recicla Sampa. As concessionárias de resíduos do município, Loga e Ecourbis, juntaram forças e lançaram a iniciativa dia 7 de fevereiro, no Centro Cultural São Paulo. A iniciativa contou ainda com o apoio institucional da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (AMLURB) da capital.
A escolha do Centro Cultural como palco do evento não foi aleatória e vale a pena mencionar sua razão. O local é exemplo na gestão dos resíduos para a cidade e pretende alcançar a meta de reciclar o lixo em 100% até o final de 2019. O trabalho ali realizado é um exemplo de que a conscientização aliada a uma mudança de postura reproduz ótimas práticas. E é exatamente isso que propõe o Recicla Sampa.
O evento contou com a presença de representantes de cooperativas, autoridades municipais, entidades, instituições engajadas no assunto e empresas interessadas em aprimorar suas ações de sustentabilidade.
Engajar 40 mil colaboradores de uma única empresa é uma tarefa desafiadora, mas que foi aceita por Antoine Bagur, responsável por ações de sustentabilidade e comunicação interna do Grupo Carrefour. O profissional parisiense, há seis anos no Brasil, tem entre suas funções a tarefa de bem informar os funcionários sobre práticas de sustentabilidade. Bagur destacou a dificuldade de encontrar canais confiáveis de informação para compartilhar boas práticas e dados sobre o assunto com os colaboradores do Grupo.
Por isso, vê na nova plataforma uma ferramenta importante para a conscientização dos paulistanos, premissa para uma mudança de comportamento efetiva.
“Eu espero que o Recicla Sampa possa mostrar iniciativas em São Paulo e apresentar respostas para as dúvidas da população”, disse.
No Carrefour, Bagur foi um dos responsáveis por criar uma plataforma interativa em que os funcionários respondiam a um quiz sobre reciclagem que premiava os vencedores com uma bicicleta. “De maneira lúdica, podemos passar nosso recado e impactar de forma mais fácil, trazendo o colaborador para o lado da sustentabilidade”.
Empresas que atuam no desenvolvimento de tecnologia voltada para a coleta seletiva também estiveram presentes no evento. Foi o caso de Etimo Ferreira, representante da empresa francesa PellencST. A companhia instalou máquinas que ajudam na separação dos resíduos recicláveis. O diferencial do maquinário, presente em mais de 40 países, é que ele faz a separação por meio de leitura ótica.
As duas centrais de triagem da capital, uma da Loga e outra da Ecourbis, já contam com o equipamento. “O evento foi muito bom e o Movimento Recicla Sampa é proativo em querer mudar o hábito da população para que todos nós possamos aumentar o índice da coleta seletiva. Nossas máquinas estão muito bem preparadas para receber um aumento de demanda dos resíduos secos”, garantiu.
O evento atraiu também startups e empresários voltados ao desenvolvimento de soluções sustentáveis. É o caso de Maria Mazuccheli, uma das sócias da Parangolé, empresa de festas focada em materiais ecológicos para eventos. “Faz tempo que precisávamos de mais conteúdo sobre a coleta seletiva e acho a iniciativa muito interessante. O Movimento é esclarecedor e até servirá como plataforma de estudo para nós”, finalizou.
Texto produzido em 07/02/2019
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