19 de Maio de 2021,12h00
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Um estômago mecânico gigante está transformando toneladas de resíduos de alimentos coletados em restaurantes e supermercados em energia na região de Perth, capital da Austrália Ocidental.
O digestor anaeróbico aquece os alimentos, retém seu gás metano e gera eletricidade suficiente para abastecer aproximadamente três mil casas na cidade de Cockburn.
Responsável pelo departamento de gestão de resíduos do município, Clare Courtauld conta que a iniciativa foi idealizada para minimizar o impacto dos gases nocivos gerados pelos resíduos orgânicos nos aterros.
"Se o desperdício global de alimentos fosse um país, ele seria na verdade o terceiro maior emissor de gases do efeito estufa do mundo”, revela Clare.
De acordo com os dados oficiais, a cidade já reciclou 43 toneladas de resíduos e os aterros da região deixaram de emitir 81 toneladas de gases na atmosfera.
Primeiro do tipo a operar no hemisfério sul, o estômago mecânico teve um custo aproximado de US$ 8 milhões e foi instalado em uma das sedes da empresa de fertilizantes RichGro.
Diretor administrativo da organização, Tim Richards conta que o aparelho replica mecanicamente um estômago humano e fala do passo a passo do processo.
"Os caminhões recolhem e depositam os restos de comida. Em seguida, os resíduos passam por um maquinário que elimina qualquer embalagem ou resto de embalagem que possa contaminar o resultado final. Então o lixo orgânico é aquecido e gera gás o metano, que nós capturamos para gerar a energia”, explica Tim.
“Além disso, o processo gera um líquido certificado como um fertilizante orgânico de excelente qualidade, que é vendido aos agricultores da região”, completa Richards.
A tecnologia de bioenergia tem um futuro promissor e está crescendo não apenas na Austrália, mas no mundo todo. A biomassa é uma fonte de energia renovável, gera poucos poluentes e cada vez mais representa uma alternativa para as fontes de energia convencionais da matriz energética mundial.
Texto produzido em 19/05/2021
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