31 de Outubro de 2023,15h00
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Quase meio bilhão de pequenos equipamentos eletrônicos, como cabos, carregadores, pendrives e vaporizadores foram descartados no ano passado no Reino Unido, mostrou uma pesquisa recente da Material Focus, ONG dedicada a incentivar a reciclagem.
Esses resíduos, batizados de Fast Tech, versão eletrônica do Fast Fashion, são o tipo de lixo eletrônico que mais cresce, afirma o texto final do estudo, que ganhou destaque em reportagem da BBC.
Ainda de acordo com os dados, cada casa inglesa tem, em média, pelo menos 30 itens eletrônicos deste tipo esquecidos em uma gaveta ou guardados em uma caixa no fundo do armário.
Para se ter uma ideia, as estimativas apontam para aproximadamente 30 milhões de lâmpadas, 26 milhões de cabos, dez milhões de pendrives e sete milhões de fones de ouvido.
“O custo médio de R$ 20 incentiva os consumidores a considerar esses itens como descartáveis, embora nem sempre sejam projetados para serem descartáveis. Além disso, todos contêm matérias-primas valiosas, como fios de cobre e baterias de lítio, que podem ser recuperadas por meio da reciclagem”, explica o repórter Ben King.
Lixo eletrônico é tudo que vai na tomada, usa pilha ou bateria.
Entram na categoria: geladeiras e freezers, microondas e cafeteiras, torradeiras e ventiladores, computadores e celulares, controles remotos e cabos, chapinhas e secadores de cabelo, brinquedos infantis, entre outros exemplos.
Todos os aparelhos eletrônicos podem ser reciclados e o eletrolixo muitas vezes contém metais nobres e valiosos. Um exemplo é o ouro presente nos telefones celulares.
Também é possível extrair prata, cobre e zinco. Isso sem contar o plástico das capas protetoras de aparelhos, consoles, computadores e eletrodomésticos em geral.
A ONU alertou que as atuais 50 milhões de toneladas de eletrolixo geradas a cada ano mais que dobrarão até 2050, tornando-se o fluxo de resíduos que mais cresce no mundo.
Todos esses metais não reaproveitados são descartados nos aterros sanitários, no meio ambiente ou são incinerados.
A queima de lixo eletrônico produz a emissão anual de mais de 100 milhões de toneladas de CO2 e os especialistas pedem sua interrupção imediata.
Segundo a Global Recycling Foundation, apenas dez milhões de toneladas de lixo eletrônico são recicladas anualmente. O número representa aproximadamente 20% de tudo o que é descartado.
Aqui na América Latina, segundo o último levantamento (2019), 97% dos resíduos eletrônicos são descartados de forma incorreta e apenas 3% são reciclados. O Brasil é o quinto maior produtor de eletrolixo mundo.
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