04 de Agosto de 2021,15h00
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Gigante mundial do setor de alimentos e bebidas, a Nestlé anunciou nesta semana que todos os seus iogurtes serão engarrafados em embalagens de plásticos reciclados, conhecidos como PET pós-consumo. A novidade deve chegar às prateleiras dos supermercados até setembro deste ano.
Ainda de acordo com o site da empresa, outras marcas do grupo também vão ter suas embalagens produzidas a partir de plásticos reprocessados, como a Nesfit, Molico, Ninho e Neston. O visual será similar ao tradicional. A alteração estará apenas na cor e na indicação de material reciclado no rótulo.
A multinacional realizou uma ampla pesquisa com o público consumidor no Brasil para compreender a relevância e aceitação dessa mudança. As novas embalagens estarão vinculadas ao Projeto Re, criado pela empresa em 2019, cuja premissa é reduzir, recriar e repensar aspectos-chave da operação.
Estimativas da companhia indicam que suas fábricas deixarão de produzir cerca de 87 milhões de garrafas de plástico virgem por ano. Além disso, a produção da PET reciclada, quando comparada ao processo tradicional, reduz em 79% o consumo de energia e em 71% a emissão de poluentes.
O objetivo da empresa é ser a primeira do ramo a ter todas as embalagens de iogurtes produzidos com plástico reciclado e ao mesmo tempo manter as principais características e a qualidade dos produtos. Trata-se, também, de um compromisso da multinacional com a sustentabilidade ambiental do planeta.
A iniciativa inclui a participação de cooperativas de reciclagem nos processos de retirada de garrafas plásticas do meio ambiente e apoia-se no conceito da economia circular, que associa o desenvolvimento econômico com o sustentável.
Atualmente, cerca de 95% das embalagens da companhia já são feitas de materiais reciclados, mas a ideia é que esse número chegue a 100% até 2025.
E se os produtos de hoje se tornassem os recursos de amanhã? Essa é a pergunta que a economia circular procura responder. Imagine a lâmpada que oferece luz na sua casa: ela passa por um processo de produção, depois de consumo e, por fim, é descartada em um aterro sanitário, seguindo a lógica da economia linear.
A proposta desse novo modelo econômico é que essa lâmpada retorne ao seu produtor e que seja reaproveitada de alguma maneira, evitando assim a geração de resíduos e o impacto ambiental.
Em resumo, o objetivo da economia circular é gerar uma gestão mais eficiente dos recursos naturais, ou seja, manter produtos, componentes e materiais em seu mais alto nível de utilidade e valor, dentro de um escopo econômico de desenvolvimento sustentável.
Texto produzido em 4/8/2021
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