29 de Dezembro de 2022,12h00
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Gigante do ramo alimentício, a Unilever anunciou no mês passado que todos os seus frascos de ketchup Hellmann’s serão fabricados em PET 100% reciclado pós-consumo (PET PCR).
Segundo a companhia, a mudança começa pelo ketchup, mas os demais itens da marca terão o mesmo tipo de embalagem nos próximos anos.
Ainda de acordo com a Unilever, os novos frascos reciclados passam por um processo de produção que garante a qualidade e segurança sanitária dos produtos.
Não há diferença em relação aos produzidos com o plástico virgem e o quem compra o produto só nota a diferença em função de uma leve alteração de cor no rótulo que indica o uso de material reciclado.
“Estamos muito orgulhosos com esse anúncio. Liderando esse movimento, damos um grande passo para um futuro mais sustentável e esperamos incentivar a indústria, fornecedores e outras marcas a se juntarem a nós”, afirma Carolina Riotto, diretora de Marketing de Hellmann’s.
As estimativas indicam que a mudança nos processos de fabricação das embalagens deve retirar cerca de mil toneladas de plásticos do meio ambiente por ano.
A ação está alinhada ao objetivo global da Unilever de reduzir pela metade o uso do plástico em todas as marcas da companhia.
O objetivo é adotar embalagens plásticas 100% reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis, além de coletar e reprocessar mais plástico do que vende até 2025.
Reciclagem de plástico no Brasil
A Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST) informa que o índice de reciclagem mecânica dos plásticos pós-consumo ficou em 23,1% no último levantamento realizado no Brasil em 2020.
Esse número é calculado dividindo a quantidade de plástico pós-consumo reciclado pelo volume de plástico pós-consumo de vida curta gerado.
Pacto global do lixo plástico
No último mês de março, representantes de 175 nações reunidos na Assembleia da ONU para o Meio Ambiente concordaram em começar a escrever um tratado global para tentar conter a poluição por resíduos plásticos.
Tudo indica que será um documento amplo e juridicamente vinculativo, que não se restringiria apenas a promover a reciclagem e a coleta do que já existe de lixo plástico no mundo, mas também incluiria restrições à sua fabricação.
Simplificar materiais e cores facilitaria triagem e reduziria perdas no reaproveitamento
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