04 de Dezembro de 2023,15h00
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Capa da prestigiada revista Nature, um artigo capitaneado pelo pesquisador Hudson Tercio Pinheiro, do Centro de Biologia Marinha da USP (Cebimar), revelou a presença de lixo plástico nos recifes mais profundos e isolados do planeta.
O estudo incluiu 1231 análises de 84 diferentes ecossistemas marinhos de 14 países, demorou seis anos para terminar e mapeou recifes localizados entre 30 e 150 metros de profundidade.
De acordo com os cientistas envolvidos, foram detectados resíduos de atividades humanas em 77 dos 84 recifes estudados. O plástico foi o material mais encontrado e marcou presença em 88% das análises.
A única exceção foram as áreas da região de Seicheles, país africano formado por ilhas no Oceano Índico, ao Norte de Madagascar.
A maior densidade de poluição, com cerca de 8529 a 84.495 resíduos plásticos por quilômetro quadrado, foi detectada em Comores, arquipélago na costa sudeste da África.
Na prática, havia o equivalente a 520 pedaços de lixo no espaço de um campo de futebol.
A pesca é a principal ameaça aos ecossistemas marinhos, alerta a equipe liderada por Hudson.
Quase 75% de todos os itens plásticos documentados nos recifes são cordas, redes e linhas relacionadas a esse tipo de atividade comercial.
As redes de náilon presas nos corais criam o que os ativistas ambientais batizaram de pesca fantasma, quando peixes e outros animais são capturados por esses equipamentos, que foram abandonados ou perdidos.
Conduzido pela Organização Proteção Animal Mundial, o estudo Maré Fantasma estimou que 25 milhões de animais marinhos são impactados todos os anos só aqui no Brasil.
Isso quer dizer que aproximadamente 69 mil animais marinhos cruzem todos os dias com este tipo de resíduo nos mais de sete mil quilômetros de nosso litoral.
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