29 de Abril de 2022,15h00
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A Comissão de Meio Ambiente do Senado Federal aprovou no fim do mês de março um texto substitutivo à proposta da Comissão de Direitos Humanos (CDH) que obriga os partidos a imprimirem santinhos e peças de propaganda em papel reciclado.
Apresentado em 2018 por um cidadão por meio do Portal e-Cidadania e relatado pela senadora Rose de Freitas (MDB-ES), o PL passou pelas comissões técnicas e aguarda a votação em Plenário.
A ideia de Pedro Carvalho, do Rio de Janeiro, contou com apoio de mais de 20 mil pessoas em um período inferior a quatro meses, como exigem as regras para que as sugestões dos cidadãos possam tramitar como projeto de lei.
O carioca e a CDH argumentam que em períodos eleitorais as cidades são inundadas com santinhos e materiais impressos em papel, que além de sujarem as vias e calçadas, não são tão sustentáveis quanto parecem.
Rose destaca que o projeto, para estar alinhado com as diretrizes da PNRS (Lei 12.305, de 2010), deve estimular a reciclagem, mesmo sendo o papel um resíduo biodegradável.
Já o senador Lasier Martins (Podemos-RS) apresentou uma emenda aceita pela relatora para determinar que a impressão da propaganda eleitoral em papel não reciclado seja considerada irregular.
Caso o partido desrespeite a nova lei, ele pode ser punido com multas que variam entre R$ 2 mil e R$ 8 mil, conforme determina a legislação eleitoral brasileira.
Benefícios ambientais do papel reciclado
Dependendo do tipo, o papel pode ser reciclado entre quatro e sete vezes antes das fibras perderem a capacidade de serem reaproveitadas.
De acordo com especialistas, a fabricação de papel reciclado geralmente consome menos energia (33%), menos água (49%) e menos substâncias químicas do que a fabricação em matéria prima virgem.
Isso quer dizer que ao usar o papel reciclado você contribuí significativamente para conter o aquecimento global, já que no fim do ciclo o destino do resíduo quase sempre é aterro ou incineração, isso quando descartado corretamente.
Ou seja, ao eliminar etapas nos processos de fabricação e evitar o descarte precoce do papel, é possível reduzir consideravelmente as emissões de gases de estufa na atmosfera, pauta central do Acordo de Paris.
Texto produzido com informações da Agência Senado
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