17 de Maio de 2019,12h00
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Desde que foi lançado em fevereiro de 2019, o movimento Recicla Sampa tem cumprido sua missão de disseminar a prática da coleta seletiva para os paulistanos. Por meio da produção de conteúdo, materiais, reportagens e dicas de como fazer a separação dos resíduos entre recicláveis e comum, os cidadãos têm sido impactados e alguns já passaram a incorporar na rotina hábitos sustentáveis.
Foi o caso da desenvolvedora de sistemas, Renny Kaori Murakami, de 24 anos, que ao ver a reportagem sobre o impacto do lixo na capital ficou chocada com a informação de que a megalópole produz diariamente 12 mil toneladas, o equivalente a 3,6 milhões de toneladas por ano. Ficou mais impactada ainda ao saber que todos esses resíduos poderiam cobrir até 53 metros de altura toda a avenida Paulista, principal via da cidade, local que fica muito próximo ao seu trabalho.
O conteúdo despertou em Renny a vontade de mudar seus hábitos de consumo e influenciar as pessoas que estão ao seu redor. O primeiro passo foi mostrar alguns dos conteúdos para sua família. Os avós e o pai, que moram com ela, foram mais resistentes, mas a mãe topou o desafio e já incorporou a separação do lixo em dois.
A segunda missão da desenvolvedora de sistemas foi compartilhar o conteúdo com a equipe do trabalho. Mostrou as mesmas reportagens que passou em casa. Os colegas foram mais receptivos e partiram para a ação.
“Os vídeos são falados em um tom didático, informativo e animado, o que nos incentiva a começar a coleta seletiva”, conta.
A empresa adquiriu duas lixeiras para separar os recicláveis e o lixo comum. Além disso, dois amigos colocaram duas pequenas lixeiras perto da mesa deles. Depois, o grupo colocou em prática alguns dos 5Rs (repensar, reduzir, recusar, reutilizar e reciclar) e diminuiu o consumo dentro da empresa. Os papéis para secar a mão, que ficavam no banheiro, foram retirados e agora cada funcionário tem a sua própria toalhinha.
Outro passo foi diminuir o consumo de plástico na companhia. Copos descartáveis para beber água ou café? Nem pensar! Foram comprados copos de vidro e cada um tem a sua caneca. Até os clientes foram impactos. Agora, as bebidas para eles são servidas em xícaras de porcelana, não mais em copos plásticos.
Para os novos funcionários, no primeiro dia já são compartilhadas as regras sustentáveis. “Existem até colaboradores que estenderam a prática da coleta seletiva e outras ações para além da companhia e começaram a fazer a separação correta do lixo em casa”, destaca.
A própria Renny começou a ter hábitos mais sustentáveis fora do local de trabalho. Quando vai a restaurantes e observa que as bebidas são servidas em embalagens de difícil reciclagem, ela as recusa. Prefere pedir sucos naturais que são servidos em copos de vidro.
Apaixonada por doces, ela adora comer chocolates, balas, chicletes e outras guloseimas que compra em padarias ou supermercados.
“As embalagens desses produtos, não jogo no lixo de casa. Guardo na mochila e descarto na lixeira da empresa, pois sei que irá para a coleta seletiva”, conclui.
Texto produzido em 17/05/2019
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