Recicla Sampa - São Paulo lança movimento Recicla Sampa para ampliar coleta seletiva
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São Paulo lança movimento Recicla Sampa para ampliar coleta seletiva

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“Separe o lixo em dois: comum e reciclável e nós fazemos o resto”.

É por meio desse slogan objetivo e marcante, que as concessionárias de limpeza urbana da capital, Loga e Ecourbis, reuniram na manhã desta quinta-feira, dia 7 de fevereiro, no Centro Cultural São Paulo, autoridades municipais, entidades de diversos setores da reciclagem e o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, para o lançamento da plataforma digital do Movimento Recicla Sampa.

Discutir o tema vem se tornando urgente, já que São Paulo está no ranking das cidades que mais geram lixo no país. São 12 mil toneladas de lixo domiciliar produzidos diariamente. Somente em 2018, a coleta seletiva coletou 76,9 mil toneladas de resíduos na cidade. O montante poderia cobrir até 53 metros de altura de toda a avenida Paulista, principal via da cidade.

Porém, de um potencial de 40% de reciclagem de resíduos, São Paulo recicla atualmente apenas 7%. O restante segue diretamente para os aterros sanitários e são, portanto, inutilizados. Quem esteve presente no evento pode comprovar, por meio das falas dos presentes e dos vídeos exibidos, a importância de uma mudança de comportamento, não apenas para o meio ambiente, mas para a ampliação de renda e oportunidades de emprego para as pessoas que trabalham diretamente no gerenciamento do lixo produzido na cidade.

Com a ação, até 2020, a Prefeitura de São Paulo estima atingir a meta 24, que estabelece a redução de 500 mil toneladas de resíduos enviados aos aterros municipais. Durante o evento, o prefeito Bruno Covas reconheceu que o os números envolvendo a coleta seletiva na cidade ainda estão muito abaixo do esperado, mas reforçou o empenho do Executivo em atuar pela mudança deste cenário.

“Se cada um de nós, poder público, sociedade civil, entidades, fizermos nossa parte conseguiremos deixar a cidade melhor, mostrando para o Brasil e para o mundo que pensamos no meio ambiente e nas futuras gerações”, afirmou.

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Edson Tomaz Filho, que está à frente da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb), instituição responsável pela regulação dos contratos de limpeza da cidade, acredita que o Movimento é uma ferramenta não apenas de educação ambiental, mas também de inclusão social.

“Há 23 cooperativas que sobrevivem da doação do lixo reciclável e o rendimento que elas obtêm são distribuídos para seus cooperados. É uma causa ideológica que devemos abraçar”, destacou.

Em apoio à causa, outras autoridades estiveram presentes, como o Secretário Municipal das Subprefeituras, Alexandre Modonezi de Andrade; o secretário-adjunto de Educação, Daniel De Bonis; a Secretária de Direitos Humanos, Berenice Gianella; Malde Vilas Bôas, Secretária Municipal de Gestão; o Secretário Municipal de Cultura, Alê Youssef, o secretário executivo da Prefeitura, Fábio Lepique, e a secretária de Desenvolvimento Econômico, Aline Cardoso.

O evento também reuniu os funcionários que atuam nas concessionárias de limpeza urbana, como motoristas, coletores e líderes de cooperativas. São Paulo é a única cidade da América Latina que conta com as chamadas centrais mecanizadas de triagem, uma pertencente à Loga e outra à EcoUrbis. Ambas têm a capacidade de processar 250 toneladas de recicláveis por dia.

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Edson Tomaz Filho, Presidente da Amlurb. Foto: Thiago Mucci

Centro Cultural São Paulo

O local escolhido para o lançamento do Recicla Sampa, o Centro Cultural São Paulo, foi o prédio público pioneiro na implantação da coleta seletiva na capital. Referência de cultura e lazer, o local pretende reciclar 100% do lixo gerado até o fim de 2019.

Para o Secretário Municipal de Cultura, Alê Youssef a ferramenta representa um avanço e uma união entre temas extremamente convergentes: educação ambiental e cultura. “É muito interessante que esse movimento seja lançado aqui, no Centro Cultural São Paulo, que é o epicentro da vanguarda cultural. Temos aí um encontro de vanguardas muito interessante com uma sinergia positiva, que sinaliza um marco de inovação para a cidade”, comenta.

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Centro Cultural São Paulo. Foto: Ana Clara Tito/shutterstock.com

A plataforma

No site, a população poderá acessar vídeos, tutoriais, reportagens, entrevistas, materiais para impressão entre outros conteúdos para ajudar a separar corretamente os resíduos. Também poderá tirar dúvidas quanto aos horários das coletas por bairros e regiões da cidade, além de consultar quais os pontos de coletas e locais corretos de descarte de cada resíduo. A ferramenta colaborativa permite a utilização dos conteúdos em casa, nos locais de trabalho, condomínios e locais públicos.

Para ampliar o diálogo com os paulistanos, o Recicla contará ainda com perfis nas redes sociais:

Facebook:      @reciclasampa
Instagram:     @reciclasampa
Youtube:        Recicla Sampa

Sobre a coleta na cidade

A coleta de lixo na cidade de São Paulo é realizada pela Loga, responsável pelas zonas Central, Norte e Oeste, e pela EcoUrbis, que administra as áreas Sul e Leste. A megaoperação do gerenciamento e logística do lixo na cidade envolve 352 caminhões de coleta domiciliar dos resíduos comuns e 72 dos resíduos recicláveis.

São Paulo é a única cidade da América Latina que conta com as chamadas centrais mecanizadas de triagem, uma pertencente à Loga e outra à EcoUrbis. Ambas têm a capacidade de operar em dois turnos, seis vezes por semana e de processar 250 toneladas de recicláveis por dia.

Os caminhões saem de segunda a sábado das sedes das concessionárias para a realização do serviço com um roteiro pré-determinado, a ser cumprido no caso da coleta dos resíduos recicláveis por uma equipe formada por dois coletores e um motorista por veículo.

Há dois tipos de caminhão envolvidos na operação: o que recolhe o lixo domiciliar, e consegue compactar até 10 toneladas, e o da coleta dos recicláveis, que transporta até 3 toneladas para não danificar resíduos.

Após serem coletados na porta das residências, em dias e horários específicos, os resíduos são enviados às centrais de triagem, onde são separados por tipo, cor e tamanho, e para as 24 cooperativas habilitadas na capital. Depois do processo de segmentação, os resíduos são enfardados e vendidos, garantindo a renda de cerca de 1.200 famílias. 


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