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Se nada for feito, lixo plástico nos oceanos deve triplicar até 2040

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Relatório final do Pew exige reformulação total da indústria global de plásticos. Foto: Fedorova Nataliia / Shutterstock

A quantidade de lixo plástico que flui para os oceanos todos os anos deve quase triplicar até 2040. Essa projeção assustadora está no centro de um projeto de pesquisa que nos últimos dois anos revelou o fracasso da campanha mundial para conter a poluição plástica.

A verdade é que ninguém sabe ao certo quanto plástico se acumulou nos mares do planeta. A estimativa mais otimista, de 2015, fala em cerca de 150 milhões de toneladas. Supondo que nada mude, o estudo projeta 600 milhões de toneladas nos próximos 18 anos.

Mas o Pew Charitable Trusts e SYSTEMIQ, um think tank ambiental com sede em Londres, em um artigo revisado por pares e publicado na revista Science, afirma ter a solução para esse problema que parece impossível de resolver e que demanda da ONU um esforço por um pacto global.

O relatório final do Pew exige uma reformulação total da indústria global de plásticos e propõe um sistema de economia circular, que vai reutilizar e reciclar praticamente tudo o que é produzido.

Se essa transformação ocorrer – e isso é um grande “se” – os especialistas afirmam que o fluxo anual de resíduos plásticos nos oceanos pode ser reduzido em 80% nas próximas duas décadas. Isso com métodos e tecnologias já existentes, sem que nada novo precise ser inventado.

Economicamente viável, o custo da proposta chega a US$ 600 bilhões e convencer o mercado não vai ser fácil, mesmo com o argumento de ser US$ 70 bilhões mais barato do que manter a indústria como está, principalmente devido ao uso reduzido de plástico virgem nos processos de produção.

Simon Reddy, diretora de programas de plásticos oceânicos e zonas costeiras da Pew, explica que sem números concretos não havia dados e evidências suficientes para subsidiar decisões e pressionar governos e empresas.

Buscando a maior assertividade possível, conta Simon, sua equipe usou um modelo econômico inédito, criado pela Universidade de Oxford para fazer os cálculos e as projeções.

Reddy diz ainda que o modelo fornece um roteiro para reduzir o desperdício de plástico em diferentes locais. Uma versão online já está disponível e permite que governos e empresas cruzem dados sobre resíduos e avaliem compensações e soluções adaptadas às condições locais.

A equipe contou com mais de cem especialistas e incluiu colaborações da Universidade de Leeds, da Fundação Ellen MacArthur e da Common Seas, todas no Reino Unido.

Entre as estimativas, algumas se destacam: o uso de plástico pode ser reduzido em 47% aumentando o uso de outras soluções, incluindo: eliminação de plásticos desnecessários e reutilização de recipientes (30%); compostagem e substituição de materiais diversos, como a troca de sacolas plásticas por sacolas de papel (17%).

Confira a reportagem completa, escrita pela redatora sênior da National Geographic, Laura Parker.

Texto produzido em 9/3/2022


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