02 de Janeiro de 2023,10h00
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Apesar de já existir tecnologia para o seu reaproveitamento em larga escala, o silicone ainda não é reciclado no Brasil.
Ou seja, é mais um exemplo da batalha reciclável x reciclabilidade.
No fim é aquela coisa, mesmo se você descartar corretamente, o material ainda não interessa para o mercado da reciclagem e vai acabar no aterro sanitário.
A única alternativa é procurar alguma empresa que recicle o silicone no país, mas elas ainda são pequenas e praticamente não há pontos de coleta.
O silicone é formado basicamente por uma mistura de silício, oxigênio e grupos orgânicos (CH3).
Em resumo, por ser um misto de materiais orgânicos e inorgânicos, ele é considerado semi-orgânico.
Como dissemos acima, já existe tecnologia para o reaproveitamento em larga escala do silicone em alguns países do mundo, mas ela ainda não chegou ao Brasil.
Quando reciclado, o silicone pode ser transformado em diferentes itens, com destaque para lubrificantes industriais.
De acordo com um estudo do Centro de Engenharia de Sistemas Químicos da USP, o silicone não é biodegradável.
Depois de muitos testes, a pesquisa concluiu que o material não é suscetível aos processos de degradação biológicos.
Existem resíduos sólidos que são recicláveis, mas não têm reciclabilidade. Ou seja, são caros demais para reciclar, difíceis de coletar ou ainda não há tecnologia ou iniciativas para o seu reaproveitamento em larga escala.
Bons exemplos são os cotonetes, as esponjas de lavar louça e o papel filme. Até mesmo alguns plásticos de uso único, como aqueles das colheres e mexedores de bebidas, são na teoria recicláveis, mas não tem reciclabilidade.
Importante destacar que muitas vezes a reciclagem não só fica mais cara do que a produção com matérias primas virgens, como impacta o meio ambiente na mesma proporção, ou até mais.
Em resumo, os materiais que não têm reciclabilidade são aqueles que ainda não interessam para as empresas do setor e na melhor das hipóteses acabam nos aterros sanitários.
Isso quando não acabam no meio ambiente e demoram séculos para se decompor, caso dos plásticos de uso único citados acima.
Portanto, o ideal é sempre pesquisar sobre o que é reciclável na prática, não apenas na teoria.
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