21 de Agosto de 2019,12h00
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No centro de Belém, no Pará, o vendedor de água de coco, Said Trindade, criou canudos sustentáveis feitos de bambu. Após o uso, a invenção pode ainda ser reutilizada como adubo.
Em entrevista ao G1, Said revelou que a ideia dos canudos surgiu em um momento de desespero. Preocupado com o possível prejuízo que a proibição do uso de canudinhos plásticos poderia lhe trazer, o comerciante usou a criatividade e recursos que tinha em sua casa. “Foi aí que lembrei do bambu. Eu sou de Concórdia do Pará e lá tem muito bambu”, explica.
O produto é fabricado artesanalmente e de maneira simples. “Corto a junta do bambu em dois lugares, dispenso essa parte e aparece o canudinho. Depois disso, eu escaldo os canudos e coloco eles no álcool. Então, lavo com água e sabão. Eles são lixados e colocados na barraca", esclarece o comerciante.
A criação é adquirida como brinde pelos clientes que compram na barraca de Said. Os canudos deixados no comércio são levados ao sitio do comerciante e transformados em adubo. Somente na barraca do paraense, o uso dos objetos sustentáveis representa quase 8 mil canudinhos de plástico a menos nos lixos.
Os canudos de bambu estão abrindo portas para o seu criador, que foi convidado para falar sobre a invenção na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). Hoje, Said já comercializa os objetos para outras barracas da região e sonha em expandir o negócio. “A procura pelo canudo é muito grande e as outras barracas se sentem pressionadas a fazer algo parecido. Eu vou aproveitar isso e deixar a praça mais sustentável. Vou cobrar um valor simbólico de cada barraca para a produção do canudo, só envolvendo a mão de obra. Futuramente eu penso em vender para outras empresas”, afirma.
Texto produzido em 05/02/2019
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