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Alunos de ONG aprendem processo e importância da reciclagem

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Alunos da ONG durante visita à Central Mecanizada de Triagem da Loga, em São Paulo. Foto: Atelier de Imagem

“O lixo poderia ser bem menor se todo mundo separasse e ajudasse”. Foi o que concluiu o estudante Guilherme Almeida Joaquim, 21 anos, em sua primeira visita a uma Central Mecanizada de Triagem dos resíduos da cidade de São Paulo. O jovem fez parte do grupo de 30 alunos da ONG Sociedade Benfeitora Jaguaré, na zona Oeste, que conheceu na manhã de 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, a Estação de Transbordo Ponte Pequena.

Localizada na zona Norte, a CMT é administrada pela concessionária Loga e tem capacidade para receber 250 toneladas de materiais por dia. Sua operação transita entre um sistema de máquinas automatizadas e um trabalho manual indispensável. Com tecnologias usadas em países referências no processo, como Alemanha e França, as máquinas contam com esteiras, leitores óticos e equipamentos de primeira que separam os resíduos por tipo e tamanho.

"Eu me perguntava como os recicláveis eram separados tão bem, e durante a visitação pude entender que o metal, por exemplo, passa por um equipamento magnético que o separa dos demais", contou Guilherme.

Já o trabalho manual, é realizado pelos funcionários da Cooperativa Vira Lata, coordenados por Wilson Santos Pereira. Durante a palestra, os alunos puderam compreender a importância desse processo que envolve a geração de renda para as famílias ali envolvidas. Segundo a professora Paula Vasconcelos, responsável por acompanhar os alunos na visita, a questão social é fator de destaque no trabalho da Sociedade Benfeitora. “Não trabalhamos apenas o técnico, a teoria. Nosso intuito é abordar também o lado social e o psicológico”, explicou.

Com atuação no mercado de recursos humanos há vinte e quatro anos, Paula entende que dois fatores são de extrema importância na realização de visitações como essa. O primeiro é a possibilidade de tornar os estudantes agentes transformadores. “Quando entram em contato com essa realidade, eles aprendem informações que podem ser levadas para suas casas, suas famílias e amigos, e notam que podem fazer a diferença”. 

O segundo, a possibilidade de expandir o horizonte para que os alunos também se interessem pelo curso de Projetos Sociais e Ambientais oferecido pela instituição. A jovem Kathleen Vitória, 17 anos, escolheu a disciplina para seguir depois de se formar em Assistente Administrativo. “Eu não tinha a menor ideia de como era uma Central Mecanizada de Triagem, fiquei de boca aberta quando entrei na sala de comando”, contou. “Agora, quero levar toda orientação para minha família e fazer o curso de Projetos porque o tema me interessou muito”.

Os alunos presentes na visitação fazem parte de turmas de cursos profissionalizantes oferecidos pela Sociedade Benfeitora. Certificados pelo Senai, os cursos são gratuitos e abarcam adolescentes, jovens e adultos a partir de 15 anos. Atualmente, a ONG conta com cerca de dois mil jovens matriculados – e interessados em fazer a diferença na comunidade que vivem. “Trabalhamos com alunos carentes, muitos deles não têm o que comer. Cursos como esses servem de combustível”, disse a professora.

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Palestra sobre reciclagem durante visita à Central Mecanizada de Triagem e Estação de Transbordo Ponte Pequena. Foto: Atelier de Imagem

O roteiro de visitação contou com uma apresentação sobre o descarte correto, ciclo de resíduos e a importância da responsabilidade compartilhada. Ministrada pelo comunicador Matheus de Oliveira Prestes, a palestra teve a participação de diversos alunos que questionaram a respeito de lixo orgânico, da destinação para aterros sanitários e do funcionamento da CMT.

O tour fez parte de um conjunto de ações que a cidade promoveu em virtude da Semana Nacional do Meio Ambiente. “Sensibilizar as pessoas sobre a importância social e ambiental da reciclagem é um grande desafio. Por isso, a Loga sempre investe na conscientização de crianças, jovens e adultos, destacando a vital participação de cada um nesse processo ao separar resíduos comuns dos recicláveis”, explicou Edson Stek, Diretor de Operações da empresa. Segundo ele, o objetivo das visitações foi dar aos jovens a oportunidade de conhecerem a complexa logística que envolve a coleta e a reciclagem de resíduos da cidade de São Paulo.

 

Texto produzido em 06/06/2019


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