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Brasileiras criam absorvente biodegradável e vencem prêmio mundial

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Projeto socioambiental fomentou diálogo internacional sobre pobreza menstrual. Foto: Divulgacão

Alunas do Instituto Federal do Rio Grande do Sul, Camily Pereira dos Santos e Laura Nedel Drebes desenvolveram um absorvente biodegradável e venceram a categoria Excelência na etapa internacional do Prêmio Jovem da Água de Estocolmo 2022.

Criada em 1997 pelo Instituto Internacional de Águas de Estocolmo, a conceituada premiação é organizada anualmente em duas etapas: uma nacional, realizada em cada um dos países participantes, e uma internacional, na qual ocorre a grande final.

O projeto, sob orientação da professora Flávia Twardowski, foi apresentado ao público no Brasil durante a Mostra Virtual da 20ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE), que aconteceu no último mês de março.

Depois, as jovens venceram a seletiva nacional do Prêmio, organizada pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES), por meio do programa Jovens Profissionais do Saneamento (JPS).

Absorvente biodegradável a R$ 0,02

Segundo as idealizadoras, além da questão ambiental, a iniciativa carrega também um viés social, já que o custo de produção é estimado em cerca de R$ 0,02, o que o tornaria acessível às brasileiras de todas as classes sociais.

Camily conta que a ideia surgiu quando soube das dificuldades que sua mãe havia passado na vida por não ter acesso aos absorventes tradicionais.

Então convidou a amiga Laura para criar o produto, que obrigatoriamente teria que ter um custo de produção baixo e foram atrás de matérias primas que seriam descartadas por grandes empresas.

“Mulheres usam uma média de 10 mil absorventes na vida, que demoram de 100 a 500 anos para se decompor em função dos componentes plástico e aditivos químicos. Mas a menstruação ecologicamente correta ainda é um luxo”, disse Camily em entrevista ao portal Metrópoles.

Ainda segundo a jovem, a meta agora é criar uma cooperativa para a produção dos absorventes sustentáveis e entrar em contato com empresas interessadas em participar do projeto.

“Foi muito interessante como um projeto brasileiro abriu o diálogo internacional sobre a pobreza menstrual, sobre soluções em saneamento, sobre água invisível e sobre economia circular”, avalia o engenheiro ambiental Witan Silva, coordenador nacional do JPS e do Prêmio Jovem da Água de Estocolmo Etapa Brasil. 

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