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Catadores transformam restos de madeira em móveis

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Catadores se aperfeiçoaram em marcenaria e podem comercializar obras. Foto: Amlurb

As mãos que coletam resíduos pelas ruas de São Paulo há cerca de quatro anos ganharam um novo ofício: a produção de móveis de madeira. “Está vendo essa mesa aqui? Fui eu que fiz”, conta orgulhoso Marco Aurélio Ávila da Silva, 54 anos. O trabalhador esteve entre os 40 participantes das aulas de marcenaria básica do programa “Reciclar para Capacitar”, que oferece cursos profissionalizantes para catadores na capital.

Feliz com sua nova função, Marco Aurélio veio do Rio Grande do Sul para a maior cidade do país em busca de uma vida melhor. E foi com orgulho que, no dia 30 de outubro, marcou presença na conclusão do curso, em Itaquera, na zona Leste da capital. O evento realizou a formatura da última turma de marceneiros do programa e contou com autoridades do poder público que entregaram os certificados aos alunos.

“Posso dizer que sou um catador marceneiro e tenho muita gratidão pela pessoa que me convidou para fazer o curso. Aliás, posso tirar uma foto ao lado dela?”, pede timidamente para Nanci Darcolete, 42 anos, consultora da FIA, instituição acadêmica que ministrou as aulas.

Ela foi uma das professoras que foi até as cooperativas e Centros Temporário de Acolhimento (CTA), que abriga pessoas em situação de rua, para convidar catadores e interessados em participar da ação.

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Marco Aurélio pede para tirar foto ao lado da professora Nanci Darcolete. Foto: Atelier de Imagem e Comunicação

“Estou muito orgulhosa do desempenho dos alunos. Ensinamos que resíduos têm muito valor e podem ser reaproveitados, como é o caso da madeira. A maioria dos móveis feitos aqui são de restos desses materiais achados em ecopontos ou sobras de marcenaria”, contou Nanci.

Desde barcos em miniatura até mesas com cadeiras para sala de jantar, todos os móveis produzidos pelos alunos poderão ser comercializados. “Assim, o aluno consegue transformar o conhecimento em renda e ter mais oportunidades”, enfatizou Aline Cardoso, secretária municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho da capital.

Edson Tomaz de Lima Filho, presidente da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb), destacou que com as centenas de alunos formados é possível até mesmo montar uma marcenaria.

“Nesse galpão [em Itaquera] temos o grande desejo de organizar uma cooperativa de reciclagem de madeira e procuraremos parceiros para realizar esse projeto”.

Os formandos contarão ainda com o apoio do prefeito Bruno Covas, que enviou uma mensagem gravada destacando a importância da ação. “Uma das expectativas no investimento nessa capacitação é poder ampliar os índices de reciclagem na cidade de São Paulo e ajudar na geração de renda”, finalizou.

Texto produzido em 07/11/2019


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