30 de Janeiro de 2020,11h00
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O bairro de Pinheiros, localizado na zona Oeste de São Paulo é caracterizado por ser uma região boêmia, com uma alta concentração de estabelecimentos comerciais. Porém, esses empreendimentos encontram obstáculos em relação à reciclagem: a falta de gestão e os preços altos para realizarem a destinação correta dos vidros provenientes do consumo de bebidas. Para reverter este cenário, a cervejaria Goose Island, em parceria com a startup Green Mining, iniciou uma ação para o recolhimento e descarte adequado desses resíduos.
A iniciativa quer incentivar a logística reversa do vidro, facilitando sua reutilização. A campanha funciona da seguinte forma: em uma bicicleta adaptada, um coletor percorre o bairro recolhendo embalagens de vidro de uso único e retornáveis dos comércios.
O material é levado para uma central de recebimento e, ao atingir o peso padrão de 5 toneladas, é encaminhado para a Fábrica de Vidros da Cervejaria Ambev, no Rio de Janeiro, onde é processado e transformado em novas garrafas. Já os recipientes retornáveis passam pelo procedimento de higienização e voltam a ser utilizados. A coleta não gera custos adicionais aos pontos de venda.
“Temos muito interesse em valorizar o bairro (Pinheiros) e criar elos entre as pessoas daqui. Muitos bares têm dificuldades de descartar o vidro corretamente e essa é a solução feita do tamanho certo para eles”, afirmou Thiago Leitão, gerente de marketing da Goose Island em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.
Idealizado pela startup Tampec Soluções, o projeto Green Mining é resultado de um programa de aceleração proposto pela Ambev, para atender os Objetivos de Sustentabilidade de 2025 da multinacional. Com operação realizada nos bairros Vila Olímpia e Pinheiros, o sistema mapeia os pontos de concentração das embalagens pós-consumo para, posteriormente, instalar os containers e os coletores na região.
Além da recuperação do material para reciclagem e da contribuição para o meio ambiente, a iniciativa também oferece oportunidade de emprego e reinserção na sociedade para pessoas de baixa renda. Isso porque os coletores que realizam a operação em São Paulo foram capacitados e selecionados a partir do programa Reciclar para Capacitar, iniciativa da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb).
Com funcionamento desde março de 2019, a parceria entre a Green Mining e a Goose Island já apresenta bons resultados: em cinco semanas de trabalho, 35 bares e restaurantes participaram da iniciativa e mais de 7,8 toneladas de resíduos foram coletados.
Fontes: Ciclo Vivo, Folha de S. Paulo
Texto produzido em 02/08/2019
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