14 de Agosto de 2023,13h00
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Publicado pelo Movimento Lixo Zero Europa na última semana, um artigo cobra uma legislação mais dura da União Europeia para conter o impacto ambiental do fast fashion no mundo.
O texto destaca que apesar de ser o maior comprador global de roupas, o continente não definiu medidas concretas de transição para uma indústria da moda sustentável.
Ainda de acordo com o pessoal do Lixo Zero, a reciclagem e a reutilização são fundamentais, mas não são suficientes para o cumprimento das metas do Acordo de Paris.
O documento revela também que a redução da superprodução de roupas pode diminuir significativamente a pegada de carbono do setor.
Para finalizar, o artigo enfatiza que a UE deve dar o exemplo no enfrentamento da crise do lixo têxtil e alinhar suas diretrizes à agenda 2030 da ONU.
“As evidências mostram que mesmo com as intervenções previstas na cadeia de produção têxtil, ainda há uma lacuna de quase 40% das reduções de emissões necessárias para atingir a meta de 1,5 graus. Isso sugere que o único caminho a seguir é reduzir a superprodução”, opina Theresa Mörsen, porta-voz do Lixo Zero UE.
Clique aqui e leia o artigo na íntegra
Pesquisas indicam que aproximadamente 100 bilhões de itens de vestuário são produzidos globalmente todos os anos e mais de 60% dessas roupas acabam no lixo em no máximo 12 meses.
Para se ter uma noção do impacto do fast fashion, de todo esse volume, apenas 1% é reciclado e transformado em novas peças.
De acordo com a ONU, a indústria da moda é responsável por até 10% das emissões globais de gases do efeito estufa na atmosfera.
Até 2030, as estimativas são de 134 milhões de toneladas de resíduos têxteis descartados a cada ano.
E embora iniciativas de caridade, bancos de coleta de tecidos e programas de logística reversa de varejistas ajudem a circularidade do setor, a capacidade de reciclar roupas - no mundo todo - ainda é muito limitada.
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