28 de Dezembro de 2023,15h00
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Em um texto publicado no site da Casa Civil, o governo federal anunciou investimentos de R$ 1,8 bilhão nos próximos três anos para fomentar a gestão adequada dos resíduos sólidos no Brasil.
De acordo com a nota, os investimentos estão vinculados ao Novo PAC e têm por objetivo ampliar a cobertura e a eficiência dos serviços públicos de tratamento e disposição adequada do lixo urbano gerado no país.
“Ainda hoje, milhares de toneladas de lixo são dispostas de maneira inadequada no ambiente, provocando a propagação de doenças, poluindo mananciais e obstruindo infraestruturas de drenagem”, destaca a equipe de comunicação da pasta.
Ainda de acordo com a nota, os investimentos vão priorizar projetos intermunicipais em parceria com estados, municípios e setor privado.
Por sinal, essa é uma orientação do Banco Mundial, que recentemente avaliou e apresentou as dificuldades do setor em diferentes regiões do planeta.
O programa também incentiva ações que aumentam a cobertura da coleta seletiva, com atenção especial para cooperativas de catadores e para iniciativas que buscam fomentar alternativas inovadoras no reaproveitamento do lixo reciclável.
“Essas ações contribuirão para a erradicação dos lixões, para o incentivo à economia circular e para o enfrentamento às mudanças climáticas. Nesta área haverá seleções para que estados e municípios apresentem seus projetos prioritários”, informa a Casa Civil.
Cada brasileiro gerou aproximadamente um quilo de lixo por dia em 2022, informa a nova edição do Panorama dos Resíduos Sólidos, divulgada pela Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema) no último dia 11 de dezembro.
Ainda segundo o documento, se esse valor for aplicado à população brasileira divulgada pelo Censo Demográfico 2022, estima-se que aproximadamente 77,1 milhões de toneladas de Resíduos Sólidos Urbanos foram geradas no país em 2022.
Isso corresponde a mais de 211 mil toneladas de resíduos geradas por dia, ou cerca de 380 quilos por habitante nos últimos doze meses.
Sob a perspectiva regional, a região sudeste é a campeã da geração de lixo. São 449 quilos gerados por habitante em 2022. No fim da lista está a região sul, com 284 quilos por habitante.
“Comparando a geração de resíduos no Brasil entre 2021 e 2022, observa-se uma redução de 2% na geração de RSU per capita”, aponta o texto do relatório.
Essa retração, de acordo com a Abrema, é consequência da diminuição do poder de compra da população, somada ao fim da pandemia, que derrubou o volume dos pedidos de delivery e o consumo doméstico.
A Abrema afirma que 93% dos resíduos sólidos gerados no Brasil no último ano foram devidamente coletados, mas apesar do índice parecer bom, pelo menos cinco milhões de toneladas acabaram em lixões irregulares ou no meio ambiente.
Já no quesito disposição final ambientalmente adequada, os números são preocupantes. No total, 61% foram destinados aos aterros sanitários. Os outros 38,9% tiveram disposição final inadequada e esse problema impacta todas as regiões do país.
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