17 de Fevereiro de 2022,14h00
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Popularmente conhecido no Brasil como “magi-pack”, o papel filme PVC é uma mão na roda para uma série de coisas, principalmente para embalar alimentos, mas apesar de ser reciclável, ele ainda não tem reciclabilidade e acaba sempre nos aterros sanitários.
Segundo os especialistas, o grande problema é que muitos desses materiais são multicamadas, onde diferentes polímeros (EVOH, PE, PP ou PET) são agregados para alcançar a qualidade desejada pelos consumidores.
Outra dificuldade apontada é a baixa densidade desses resíduos, que são muito leves e macios.
Assim, eles tendem a se movimentar nas esteiras de uma Central Mecanizada de Triagem e se enrolam nos rolamentos dos eixos, afetando o desempenho e a manutenção do equipamento.
Para terminar, esses materiais são suscetíveis a reter umidade e quando estão amassados ou compactados, é preciso muita energia para limpá-los.
“As camadas são fundidas entre si, por isso são muito difíceis de separar mecanicamente. Além disso, eles têm diferentes temperaturas de fusão e fica muito complicado inserir este tipo de resíduo na cadeia da reciclagem mecânica”, explica Enrico Siewert, diretor da Stadler, gigante global da indústria da reciclagem com sede na Alemanha.
“Em alguns casos, a reciclagem química pode ser uma solução. No entanto, é um processo que dá seus primeiros passos de evolução, ainda é muito caro e apresenta dificuldades significativas de ser viabilizado”, completa Enrico.
Portanto, apesar de já existirem iniciativas de reciclagem de PVC no Brasil e de, em algumas regiões, ele ser um resíduo de valor para os agente ambientais, o ideal é abandonar ou minimizar ao máximo seu uso no nosso cotidiano e é possível substituí-lo por opções mais responsáveis ambientalmente.
A principal delas são os potes de vidro herméticos, desses que fecham com uma borrachinha. Laváveis e reutilizáveis, eles conservam os alimentos melhor do que o plástico filme e tem vida útil de décadas, além de serem recicláveis.
Também já existem algumas opções inovadoras de PVCs sustentáveis no Brasil. Recentemente, fizemos uma reportagem sobre a Zele, que é fabricada com tecido de algodão e impermeabilizada com cera de abelha.
Texto produzido em 11/2/2022
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