Troncos. Foto: Guas/shutterstock.com
08 de Maio de 2018,11h53
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A extração e o descarte indevido da madeira geram impactos negativos no meio ambiente. Para evitar o desmatamento e minimizar os danos causados à natureza, a reciclagem de madeira é uma das melhores soluções. O descarte em aterros sanitários não é recomendado, já que o material pode demorar centenas de anos para entrar em decomposição.
Atualmente, o Brasil tem aproximadamente 8 milhões de hectares de madeira plantada, que servem para abastecer indústrias como as de papel e celulose, construção civil, mineração, energia elétrica e produção de aglomerados e peças de madeira.
O desmatamento ocorre, geralmente, por causa de empresas que extraem ilegalmente árvores de reservas ambientais. Mas também pode acontecer em obras da construção civil ou durante a construção de barragens de hidrelétricas e mineradoras.
Para se ter uma ideia do tamanho de seu impacto no Brasil, estima-se que, nos dias de hoje, a Mata Atlântica possua apenas 7% da vegetação nativa encontrada na época do descobrimento do país. Mas nem tudo está perdido e há locais que mostram como é possível um trabalho de resultado positivo. A Bahia é o maior responsável pelo crescimento da base florestal do país, com 8,7% da área plantada total do país localizada no estado.
O processo de reciclagem da madeira consiste em recolher os resíduos da matéria-prima e transformá-los em novos produtos. Também é possível, no entanto, triturar a madeira e retirar suas impurezas – como parafusos, pregos e demais adereços metálicos – até que se transforme em lascas, que podem ser utilizadas para diversos fins, como:
Já quando falamos em novos produtos, as madeiras recicladas podem ser usadas para a produção de uma infinidade de móveis como estantes, sofás, mesas, armários, penteadeiras e cristaleiras.
Tanto para a decoração de ambientes quanto no setor de logística, a madeira pode ser novamente utilizada ao ser transformada em paletes. Para as empresas, isto pode significar economia e mais organização de forma sustentável.
Algumas companhias utilizam os resíduos da reciclagem da madeira, ainda, para economizar energia na geração de biomassa (uma fonte de energia renovável).
Em alguns casos, no entanto, o aproveitamento da madeira se torna impossível para a fabricação de novos produtos. Nestas situações, os resíduos devem ser repassados para grandes indústrias que possam aproveitá-los, como o mercado de entretenimento, por exemplo, que pode utilizar a madeira na construção de cenários para peças de teatro e novelas. Também é possível encaminhar o resíduo para centros de reciclagem, que darão uso consciente e sustentável ao material.
De acordo com Leandro Schmitt, empresário de Palhoça (SC) que recolhe resíduos de madeira descartados na construção civil e vende para setores que reutilizam o produto em fornos, é necessário conscientizar os donos de pequenas indústrias sobre a importância de preservar o meio ambiente.
“Um metro cúbico de lenha custa R$ 70, enquanto a mesma quantidade de cavaco (como é chamada a sobra de madeira descartada) custa R$ 25. O problema está na adaptação para uso do cavaco”, disse ao site Notícias do Dia. Segundo o empresário, os equipamentos para a utilização do resíduo no lugar da lenha são uma peneira, um exaustor e uma esteira. “E, em menos de um ano, o retorno seria garantido”.
Apesar dos desafios para lidar com reciclagem, Leandro acredita que a situação irá melhorar com o tempo. “O destino correto para cada resíduo é uma necessidade, não uma moda”.
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