27 de Setembro de 2022,16h00
Veja outros artigos relacionados a seguir
Fabricado pela multinacional The Coca-Cola Company, o Sprite vai mudar a cor das suas garrafas PET para facilitar a reciclagem.
De acordo com executivos da companhia, o famoso refrigerante será agora envasado em uma garrafa PET transparente, cor que aumenta a reciclabilidade das embalagens.
O PET sem pigmentação, explicam os especialistas, além de facilitar os processos da cadeia de reciclagem, tem maior valor de mercado.
No Brasil, as novas garrafas começaram a chegar às prateleiras no último mês de agosto.
Para o final de 2022, a estimativa é que cerca de 70% das embalagens já contenham resina reciclada.
Impacto ambiental da garrafa pet
Esse substituição do vidro por PET foi um verdadeiro desastre para o meio ambiente.
Hoje em dia, garrafas plásticas são os resíduos plásticos mais encontrados nos mares do planeta e representam 14% de todo o lixo descartado nos oceanos.
Pesquisadores falam em no mínimo 100 anos e algumas estimativas apontam para até 800 anos para sua decomposição total na natureza.
Reciclagem com garrafa pet
O PET é um material reciclável e pode ser refundido e moldado várias vezes. É possível fabricar novas garrafas e também outros itens com o PET reciclado.
De acordo com o último Censo da Reciclagem do PET no Brasil, reciclamos 55% das embalagens PET descartadas pela população em 2019.
São aproximadamente 311 mil toneladas, 12% acima do que foi registrado em 2018. É um mercado de R$ 3,6 bilhões e corresponde a 36% do faturamento total do setor no país.
Apesar da reciclabilidade relativamente alta, ela ainda é insuficiente. Portanto, o ideal é evitar o consumo de PET e de qualquer outro derivado do petróleo.
Em 2022, o quilo de PET passou o preço médio de R$ 4 e se aproximou do valor do alumínio, campeão brasileiro da reciclagem.
Simplificar materiais e cores facilitaria triagem e reduziria perdas no reaproveitamento
Avanço é resultado de políticas públicas, educação ambiental e mudança de comportamento
Apenas 22% dos resíduos tecnológicos têm destinação ambientalmente adequada, informa ONU
Grande maioria é embalada em BOPP, material de difícil reciclagem no Brasil