09 de Dezembro de 2021,10h00
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Em um país onde apenas 4% do lixo é encaminhado para reciclagem e que enfrenta dificuldades em obter bons índices no reaproveitamento de resíduos com alto valor de mercado, o que fazer então com os resíduos considerados difíceis de reciclar?
É esse o problema que a Boomera procura solucionar ao encontrar alternativas sustentáveis para itens vistos como desafiadores no mercado da reciclagem.
Apoiada em tecnologia, ciência e inovação, a startup desenvolve soluções de embalagens e produtos feitos a partir de Resina Pós-Consumo (PCR) e tornou-se especialista em resíduos complexos, desenvolvendo soluções em logística reversa e em engenharia circular.
Fraldas descartáveis são um bom exemplo dos desafios que a iniciativa abraçou. Recentemente, a empresa patenteou um sistema de reciclagem desses resíduos e despertou o interesse de uma multinacional.
A empresa também possui tecnologias para reciclar cápsulas de café expresso e embalagens flexíveis como BOPP, tipo de plástico revestido com alumínio, utilizado para embalar biscoitos, chocolates e salgadinhos industrializados.
A Boomera já trabalhou com empresas de grande porte como Vale, Unilever, Nestlé, O Boticário.
Seu primeiro case foi com a P&G, que impulsionou a startup ao lançar oficialmente no mercado a CircularPack, metodologia própria que consiste em uma jornada de seis passos para a implementação da economia circular em toda a estratégia de negócio e cadeia de produção.
São as consultorias técnicas da Boomera para grandes e médias empresas que ajudam a transformar muitos dos resíduos plásticos pós-consumo, então considerados apenas rejeitos, em matéria-prima para indústrias químicas.
Fundada em 2011, Boomera foi uma das primeiras empresas de Economia Circular certificadas como Empresa B, membro da Fundação Ellen MacArthur, e premiada como Empreendedor Social do Ano pela Folha de São Paulo e Fundação Schwab (2019 e 2020), com o reconhecimento do Fórum Econômico Mundial.
Em 2016, a Boomera foi escolhida como a melhor empresa de impacto social pela revista Pequenas Empresas Grandes Negócios e pela Escola de Negócios Insper.
Com atuação em todo o país, a startup já impacta 120 funcionários e mais de 200 parcerias com cooperativas, envolvendo cerca de 10 mil pessoas que coletam e vendem materiais para reciclagem.
A empresa, que ficou em 4º lugar no Ranking 100 Open Startups 2020 na categoria Clean Tech, ajuda na estruturação dessas cooperativas com treinamento, fornecimento de itens de segurança individual, equipamentos, reforma de galpões e compra de material coletado, em especial o plástico.
Texto produzido em 9/12/2021
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