08 de Maio de 2020,12h00
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Cerca de 4,5 trilhões de bitucas de cigarro são descartadas por ano. A quantidade é tão grande que esse tipo de resíduo figura como o mais comum do mundo. Atualmente, o que tem preocupado os cientistas é a descoberta de que os filtros são extremamente nocivos para o crescimento das plantas.
Produzidos por um tipo de plástico que leva anos para se decompor, os filtros foram alvo de estudos de pesquisadores da Universidade Anglia Ruskin, no Reino Unido. Por meio de vários testes, eles avaliaram o comportamento das plantas na presença de bitucas de cigarro.
Foi constatado que o resíduo reduz em 27% o sucesso da germinação, em 28% o tamanho do broto e 57% a altura da raiz. Já no teste em gramas, a germinação caiu para 10% e o tamanho 13%.
As espécies de plantas analisadas pelos pesquisadores são aquelas consideradas importantes para o processo de polinização e também para a fixação do nitrogênio, principalmente nas áreas verdes urbanas.
Ainda não satisfeitos com os resultados, eles testaram as toxinas da queima do tabaco, porém os indicadores mais gritantes foram as nocividades contidas no filtro. O mais curioso é que os testes mostraram que tanto os cigarros já consumidos como os novos apresentaram índices de toxidade semelhantes.
Para tal experiência, os cientistas coletaram amostras nos arredores da cidade de Cambridge, onde encontraram cerca de 128 bitucas por metro quadrado. Em parques, a quantidade chegou a 100.
“Jogar fora bitucas de cigarro parece uma forma socialmente aceitável de descarte inadequado de lixo. Precisamos conscientizar as pessoas de que os filtros não desaparecem e podem causar sérios danos ao meio ambiente”, disse em comunicado a bióloga Dannielle Green, líder da pesquisa.
Os resultados do estudo foram divulgados em um artigo no periódico Ecotoxicology and Environmental Safety.
Fonte: Super Interessante
Texto produzido em 30/01/2020
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