03 de Agosto de 2022,13h00
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Com alta reciclabilidade e vendido por até R$ 35 o quilo, o cobre é um resíduo valioso que vem chamando a atenção dos ladrões de cabo na cidade de São Paulo.
Para se ter uma ideia, de acordo com dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o furto de cabos dos semáforos subiu 47% no primeiro semestre de 2022. São cerca de 20 ocorrências todos os dias.
Mas para entender os motivos dos roubos desses cabos, que causam apagões rotineiros em importantes cruzamentos da capital e prejuízos constantes para a Prefeitura e para a população, precisamos olhar para o que acontece no mundo.
Em um relatório divulgado recentemente pela equipe do White & Case, escritório de advocacia centenário e especializado em ESG, a demanda mundial pela reciclagem de metais cresceu com a pandemia e a guerra da Ucrânia.
De acordo com o documento, os preços cada vez mais altos das commodities acabaram impulsionando a busca pelo que ficou conhecido como “metal verde” ao tornarem os processos de reciclagem da sucata mais vantajosos economicamente.
E segundo a delegada Ana Lúcia Miranda, da 3ª Delegacia de Investigações sobre Crimes Patrimoniais contra Órgãos e Serviços Públicos, as investigações apontam que o cobre furtado em São Paulo é primeiro vendido para ferros-velhos da cidade e depois é exportado.
Na última semana, a Polícia Civil capitaneou uma operação contra a venda de cobre furtado na região central. Os investigadores estiveram em dez estabelecimentos e nove foram interditados.
Para minimizar o volume das ocorrências, a CET busca ainda reforçar as portas dos controladores semafóricos, a proteção das tampas das caixas de passagem da fiação e as janelas de inspeção das colunas semafóricas.
“Os danos causam prejuízos e, principalmente, colocam em risco a segurança dos pedestres e condutores. A CET atua com a Secretaria de Segurança Pública, Polícias Civil e Militar e a GCM para a adoção de medidas que combatam esse tipo de crime tão nocivo à cidade”, diz em nota a Prefeitura de São Paulo.
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