08 de Marco de 2019,11h00
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Já é de conhecimento público os benefícios de armazenar e destinar corretamente o lixo que você produz em casa. Porém, o que mais chama atenção é que uma atitude tão simples pode também contribuir muito para a prevenção de uma doença que tem sido preocupação no país nos últimos anos: a dengue.
Lixos jogados de qualquer jeito em locais abertos acabam sendo a moradia do Aedes Aegypti, mosquito transmissor da dengue. Com a entrada da primavera e início do verão – período em que ocorrem muitas pancadas de chuva – o cuidado para evitar água parada deve ser redobrado.
Equipes de combate à dengue da Secretaria Municipal de São Paulo são encarregadas de percorrer as ruas da capital a procura de criadouros do mosquito, seja na boca de um copo plástico com água que está no chão ou num saco de lixo empossado.
“Em um único local, a fêmea do inseto chega a colocar mais de 100 ovos”, explica o analista em saúde e biólogo da Secretaria da Saúde de São Paulo, Alessandro Giangola.
O trabalho de combate ao mosquito vai além de apenas separar os resíduos corretamente dentro de casa. É necessário também eliminar a água dos vasos de plantas; evitar baldes e bacias com água parada que estão sem uso; manter os vasos sanitários fechados.
Focos do mosquito em imóveis lacrados também são muito comuns, uma vez que ali estão limitados o acesso das equipes de saúde. Matheus Mello, morador do bairro Cidade Ademar, na zona sul, acabou sendo vítima da doença em razão de alguns terrenos baldios, cheios de lixo e lacrados, que serviam de casa para o mosquito.
“O descaso dos donos desses terrenos me causou dengue e tive febre alta, dores no abdômen e nas articulações. Fiquei internado por uma semana”, conta Mello.
Denunciar esses locais é muito importante para que a Secretaria Municipal da Saúde consiga fazer seu trabalho. Isso pode ser feito através do telefone 156 do SAC (Sistema de Atendimento ao Cidadão), permitindo que o ‘time’ de combate ao mosquito consiga uma liminar para entrar no local e aplicar venenos para matar as larvas e adultos. A notificação também pode ser feita por aplicativo do sistema iOS e Android.
2016 – 162.947
2017 – 6.269
2018 – 8.900
2016 – 869
2017 – 604
2018 – 213
2016 – 175
2017 – 133
2018 – 100
Fonte: Balanço realizado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, com base nos dados informados pelos municípios paulistas por intermédio do Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação)
Texto produzido em 30/10/2018
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