15 de Dezembro de 2021,10h00
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Desde 2010, quando foi instituída a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), a logística reversa passou a ser uma realidade nas empresas brasileiras. Mas o que é a Logística Reversa e porque ela é tão importante no contexto da reciclagem de lixo e no impacto dos resíduos no meio ambiente?
Bom, de acordo com o texto da Lei Federal 12.305/2010, a logística reversa é um conjunto de ações destinadas a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento ou destinação final ambientalmente adequada.
Na prática, a logística reversa promove a coleta, o reúso, a reciclagem, o tratamento e a disposição final dos resíduos após o consumo dos produtos.
Ou seja, está diretamente ligada ao conceito de Economia Circular e vinculada à responsabilidade das empresas pelas embalagens onde seus produtos são vendidos.
Consolidada em diferentes regiões do mundo, com destaque na Europa, essa importante prática vem ganhando espaço e adeptos a cada ano no Brasil.
Sejam embalagens de comida, pilhas, baterias, eletrônicos e lâmpadas, a logística reversa pode ser aplicada a todo tipo de resíduo, porém seu alvo principal são os itens que, após consumidos, se descartados de maneira errada, podem causar impactos ambientais e riscos à saúde pública.
No ciclo de vida comum de um eletrônico, por exemplo, temos a sua fabricação pela indústria, sua venda pelo comerciante, e seu consumo final. Mas o que acontece com ele quando perde sua funcionalidade? Quem se responsabiliza pelo seu destino?
A mercadoria, ao encerrar sua vida útil, vira resíduo, e tem seu descarte efetuado, muitas vezes, de maneira equivocada.
E então vemos o diferencial no sistema da logística reversa. Após ser utilizado pelo consumidor, o produto retorna para seu fabricante inicial, e ao final do processo, ao invés de virar mais um resíduo, é reinserido no mercado em forma de matéria-prima.
Com o prolongamento do que podemos chamar de “vida útil”, o objetivo é que, por meio de inovação em produtos e programas de logística reversa, as empresas consigam zerar o desperdício e coletar mais resíduos do que a quantidade que geram.
Assim, é possível impulsionar a circularidade e remunerar as pessoas envolvidas na recuperação dos materiais.
Para selar o compromisso de responsabilidade com o produto oferecido, fabricantes ou os comerciantes devem ter disponível em seus estabelecimentos os pontos de coleta dos produtos sujeitos à logística reversa, sendo que o consumidor final deste produto deve ter a consciência de separar esses resíduos dos demais e ficar encarregado de levá-los até este ponto de coleta.
Uma vez no ponto de coleta, estes resíduos devem ser recolhidos e gerenciados pelo fabricante, que fica responsável pela parte da transformação em matéria-prima.
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