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USP une social e ambiental por moda sustentável

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Grupo Sustexmoda busca novas formas de lidar com os resíduos têxteis gerados na capital. Foto: Tarzhanova / shutterstock.com

Não é novidade que a indústria da moda responde por até 10% da emissão de gases do efeito estufa, de acordo com parecer das Nações Unidas, ficando atrás apenas das indústrias de petróleo e gás.

E também não é novidade que a gente precisa repensar nossos hábitos de consumo, principalmente nesse lance de comprar roupas e calçados como se não houvesse amanhã.

Formado por alunos e pesquisadores da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP, o grupo Sustexmoda vem nessa onda e por meio de iniciativas socioambientais, busca novas formas de lidar com os resíduos têxteis gerados na capital.

O plano é tornar mais sustentável essa que é uma das indústrias mais poluentes do mundo e ao mesmo tempo dar uma força para famílias em situação de vulnerabilidade.

Coordenados pela professora Francisca Dantas Mendes, que faz parte do Instituto de Estudos Avançados da USP, os alunos também querem dar visibilidade às alternativas sustentáveis para os processos mais poluentes da cadeia produtiva do segmento.

De acordo com os pesquisadores, o impacto ambiental da indústria têxtil atravessa todos os estágios da cadeia produtiva e de descarte do setor. “O algodão, por exemplo, uma das principais matérias-primas das roupas, é responsável pela maior produção agrícola não alimentícia do mundo”, destaca o Jornal da USP.

Clique aqui e confira os detalhes de cada iniciativa capitaneada pela Sustexmoda

Revolução do Guarda-Roupa

Algumas das maiores ONGs ambientais da Europa uniram forças para exigir o fim do que ficou conhecido como fast fashion na indústria têxtil, uma das mais poluentes do mundo.

O grupo revelou que além de rejeitar uma série de acordos propostos pelas companhias e governos, ainda pediu aos representantes da União Europeia a responsabilização das grandes marcas por sua contribuição para a poluição global.

As ações fazem parte da campanha Wardrobe Change (Revolução do Guarda-Roupas) e demandam uma legislação que impeça a superprodução descontrolada de produtos têxteis e reduza o impacto ambiental.

As medidas propostas incluem padrões mínimos de quanto tempo as roupas devem durar, a proibição da destruição de mercadorias não vendidas e devolvidas, além de metas ambiciosas para uma redução expressiva na quantidade de recursos naturais utilizados em toda a cadeia produtiva.

O grupo também exige regras urgentes para os produtos químicos utilizados na indústria da moda e medidas para combater seus danos ambientais e sociais, incluindo iniciativas de fiscalização sobre violações dos direitos trabalhistas, recorrentes no segmento.

O movimento ganhou força nos últimos meses em função de pesquisas que indicam que a produção de produtos têxteis e seus impactos ambientais e sociais não param de crescer, apesar de muitas iniciativas de sustentabilidade estarem em andamento.


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