18 de Dezembro de 2020,11h00
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O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente prevê que a produção de resíduos pode ultrapassar a atual marca de 1,3 bilhão de toneladas e chegar aos 2,2 bilhões em 2025. A Prefeitura de São Paulo recolheu até setembro de 2020 cerca de 2,7 milhões de toneladas de lixo. Deste total, apenas 70 mil toneladas foram de resíduos recicláveis. Diante desses números é difícil não pensar se há salvação para o planeta e, caso haja, qual a solução para viver em um mundo mais saudável, limpo e sustentável?
Para aprofundar esse debate, o Recicla Sampa convidou o cientista e físico da USP, Paulo Artaxo. Em uma conversa com o apresentador Cazé Peçanha e o jornalista ambiental americano Matthew Shirts, o especialista falou sobre como a ciência pode ajudar a salvar o planeta. A iniciativa faz parte de uma websérie com 12 episódios inéditos sobre sustentabilidade e assuntos relacionados a resíduos. Cada conteúdo contempla uma entrevista com um profissional ambiental.
Os conteúdos audiovisuais estarão disponíveis no site do Recicla e em seu canal no Youtube e terão aproximadamente 60 minutos de duração. De uma forma instigante, acessível e ao mesmo tempo em um clima informal e cheio de informações relevantes, os apresentadores dão o tom da conversa nos episódios e levam aos convidados as principais questões que preocupam o país e as cidades em relação aos resíduos.
“Eu dou muitas palestras sobre a relação entre ciência e sustentabilidade. Sempre me perguntam se temos solução diante de tanta poluição, excesso de lixo e catástrofes ambientais. Eu sempre respondo que sim, temos uma saída, afinal de contas não temos outra alternativa a não ser buscarmos melhorias”, conta Paulo Artaxo.
Para o cientista, o maior problema ambiental do mundo, o excesso de lixo, nada mais é do que a consequência do uso excessivo dos recursos naturais e isso impacta, principalmente, nas mudanças climáticas. “Isso porque 84% da população brasileira está nas cidades. Então, a saída para o excesso de produtos consumidos é o reaproveitamento e a reciclagem”.
O Brasil é um país que tem todas as alternativas para se tornar um líder na sustentabilidade em relação a outras nações, de acordo com o cientista. O problema por ainda não estar nessa liderança é que empresas e tomadores de decisões ainda não aproveitam todo o potencial sustentável que a nação pode oferecer. “Vou dar um exemplo. No Nordeste brasileiro venta a maior parte do tempo e, quando vamos até lá, vemos poucas estruturas para aproveitar a energia eólica. Em contrapartida, na Alemanha, que não há muitos ventos, é repleto de parques eólicos”, defende.
Saber quais são as últimas tecnologias a favor da reciclagem e da sustentabilidade, se informar sobre o futuro ambiental do planeta e como a ciência pode contribuir para isso, são os principais pontos debatidos por Artaxo, profissional que acompanha de perto todas as últimas novidades cientificas em relação a sustentabilidade. Confira o conteúdo no vídeo acima.
Além do papo com o cientista e físico da USP, você vai poder acompanhar na Websérie do Recicla:
- Andrea Alvares, vice-presidente de marca, inovação, internacionalização e sustentabilidade da Natura;
- Amanda Cruz, embaixadora na ONU e Idealizadora do Climathon Brasil e Perifa Sustentável;
- Carioca, presidente da Cooperativa de Coleta Seletiva de São Paulo;
- Carlo Pereira, diretor-executivo do Pacto Global da ONU;
- Carlos Antônio, catador;
- Carlos Roberto Vieira da Silva Filho, diretor-presidente da ABRELPE;
- Luciano Loubet, promotor de Justiça (MS);
- Mateus Mendonça, sócio-diretor da Giral;
- Mundano, Criador do PIMP MY CARROÇA;
- Paulina Chamorro, jornalista ambiental;
- Ricardo Abramovay, professor de Filosofia da USP;
- Suzana Kahn, professora de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Texto produzido em 11/12/2020
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