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Saiba como cuidar dos seus resíduos durante o isolamento social

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Quarentena também é oportunidade para repensar produção de lixo e aderir a coleta seletiva. Foto: Freepik

Um relatório da ABRELPE (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), lançado no final de março, mostrou que o lixo domiciliar deve crescer entre 15% a 25% em razão do aumento de pessoas em isolamento social para se proteger contra o coronavírus.

Com o acúmulo de resíduos em casa, a sugestão dada pela associação é cuidar do resíduo e descartá-lo de modo que não prejudique o coletor. Por exemplo, no caso de uma pessoa estar com o coronavírus em casa, o indivíduo deve separar o próprio lixo e ensacá-lo duas vezes em uma embalagem resistente, a fim de evitar a contaminação de outras pessoas.

Para moradores que não estão infectados e estão cumprindo o isolamento social para se proteger, a orientação é continuar fazendo a coleta seletiva dentro de casa e lembrar de descartar luvas e máscaras, que podem estar infectadas, no lixo comum.

“Estamos acompanhando as empresas de limpeza de outras partes do mundo e uma boa notícia é que não há nenhum caso ou suspeita de contaminação através dos resíduos até agora na Itália, França, Reino Unido e Estados Unidos”, diz Carlos Silva Filho, presidente da Abrelpe à Folha de S.Paulo.

Porém, com o aumento de geração de resíduos em casa, o que se deve fazer se o serviço da coleta seletiva foi suspenso em sua cidade em razão do coronavírus? A ativista ambiental Fernanda Cortez recomendou, em sua rede social Menos 1 Lixo, que as pessoas repensem o consumo e tentem reduzir a geração de lixo.

Mas o que fazer com os resíduos já gerados se houver de fato a suspensão da coleta? Fernanda sugere a limpeza das embalagens e o devido acondicionamento em um espaço disponível em casa, como um armário, caixas e outros lugares, até que o serviço de recolhimento de materiais recicláveis retome suas atividades com segurança.

Desde a pausa na coleta seletiva em sua cidade, no interior de São Paulo, a professora Keila de Souza Aguiar, 41 anos, e sua família estão armazenando os resíduos que geram em casa.

“Estou higienizando os materiais e guardando onde posso, mas tem hora que não dá para guardar tudo. Então, eu escolho qual o lixo acho menos danoso ao meio ambiente e jogo na lixeira comum. Geralmente, escolho por descartar o papel”, disse.

Keila diz que está armazenando os materiais em caixas e sacos de lixo no quintal de casa, em um local coberto. “Também guardo latinhas. Na escola da minha filha eles recolhem para um projeto. Só estou esperando as aulas voltarem ao normal para levar”, disse.

Apesar de estar mais em casa com o marido e a filha, Keila revela que a quantidade de lixo não aumentou. “Nós não estamos pedindo delivery, fazemos até mesmo o nosso próprio pão e, com isso, temos diminuído a quantidade de embalagens”.

A gestora ambiental Aline Barrence, 36 anos, orienta que, assim como Keila, as pessoas podem repensar seu modo de viver e de consumo nesse período de isolamento social. “É uma oportunidade para se praticar os 5R’s da sustentabilidade e eles têm uma ordem a ser seguida. Por exemplo, o primeiro é o repensar seus hábitos. Depois de refletir sobre seu consumo, você pode recusar comprar produtos que geram muitos resíduos. E, consequentemente, há a redução de geração de lixo. O outro item é sempre pensar em reutilizar algo que está em casa antes de descartar na lixeira. Só em último lugar, quando geramos resíduos e não tem como praticar os R’s anteriores que descartamos e enviamos para a reciclagem.”, conta.

A profissional recomenda sempre higienizar os itens antes de descartar na coleta seletiva. Ao armazenar os resíduos em casa, ela orienta não amassar ou rasgar embalagens de papel, compactar embalagens Tetra Pak e criar pequenos fardos em casa para ajudar no armazenamento.

“Nada é lixo. Limpo, higienizado e bem armazenado, o material se torna algo de valor para quem realmente precisa”, finaliza.

Texto produzido em 19/05/2020


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