23 de Dezembro de 2022,17h00
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Enfim é verão no Brasil! Hora de tomar aquele sorvete maneiro e refrescante. Mas a embalagem do picolé é reciclável?
É na teoria, mas não na prática. Ou seja, embalagens de picolé não têm reciclabilidade e vão acabar nos aterros sanitários.
Também não identificamos nenhum projeto de logística reversa em andamento em São Paulo, nem mesmo um piloto.
Enfim, se você der uma olhada, os mais baratos, tipo aqueles de fruta, são embalados em uma mistura de plásticos.
Já os mais caros, são embalados em outro tipo de mistura de plástico, o BOPP.
Ambos entram na categoria 7 (Outros) e são considerados plásticos de uso único.
Ainda encontramos alguns embalados em PP, que até tem uma reciclabilidade razoável, mas como a embalagem é muito leve, ela se perde facilmente nos processos de separação.
Portanto, o ideal é consumir sorvetes em copinhos de papel, biodegradáveis, ou embalagens PET e de isopor, que são materiais com boa reciclabilidade atualmente.
Na teoria, todos os plásticos podem ser reciclados. Mas na prática, não é bem assim. Por isso fizemos essa reportagem, exatamente para te apresentar a reciclabilidade de cada tipo de plástico.
Com certeza todo mundo já viu em alguma embalagem plástica um pequeno triângulo feito de três setas com um único número no centro. E se você prestar bem atenção, às vezes há também uma sigla (HDPE).
Primeiro, esse não é o símbolo da reciclagem, como muita gente pensa. Esse é um símbolo criado pela Plastic Industry Association que indica de qual tipo de plástico a embalagem é feita.
Ou seja, os triângulos com números (1 a 7) no meio são códigos mundiais de identificação do tipo de resina e comunicam a partir de qual polímero o produto foi fabricado.
Abaixo, organizamos uma lista com informações importantes de cada tipo de plástico
1. Polietileno tereftalato (PET), usado comumente para o envase de refrigerantes. Tem alta reciclabilidade, mas precisa ser corretamente descartado e coletado.
2. Polietileno de alta densidade (PEAD), geralmente utilizado pelas empresas fabricantes de engradados de bebidas, baldes, tambores, autopeças e demais produtos. Tem alta reciclabilidade, mas precisa ser corretamente descartado e coletado.
3. Cloreto de polivinila (PVC), o mais utilizado em tubos, conexões e garrafas de água mineral e detergentes líquidos. Tem baixa reciclabilidade, principalmente na coleta domiciliar.
4. Polietileno de baixa densidade (PEBD), cujo uso mais comum é na fabricação de sacos de plástico. A embalagem dos leites longa vida é composta de camadas de papel, PEBD e alumínio. Também é amplamente utilizado na fabricação de tabuleiros, garrafas, componentes de computador, superfícies de trabalho, peças que necessitem de solda, equipamentos de laboratório, equipamento de parques infantis e película aderente. Sua reciclabilidade vem crescendo, mas ainda é baixa.
5. Polipropileno (PP), usado normalmente nos potes de margarina e manteiga, tem alta reciclabilidade, mas precisa ser minimamente higienizado antes do descarte nas lixeiras.
6. Poliestireno (PS), utilizado pelas fabricantes de copos e talheres descartáveis, por exemplo, já teve boa reciclabilidade, mas por questões de custo e logística, é considerado hoje em dia um plástico de uso único e deve ser evitado a todo custo.
7. Outros, acrílico, nylon e plásticos mistos. Reciclagem zero na coleta domiciliar e baixíssima reciclabilidade. Devem ser evitados a todo custo.
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