01 de Julho de 2020,12h00
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Produto reciclável ou tóxico? A falta de informações nos rótulos de produtos plásticos de saúde em hospitais da Filipinas e da Indonésia tem prejudicado a gestão de resíduos nesses países.
Esses indicadores nas embalagens ajudariam a destinar corretamente os cerca de 4.600 quilos de lixo gerados nos hospitais das Filipinas por dia, por exemplo.
“Se os plásticos fossem melhor rotulados, os médicos teriam mais poder de decisão sobre o descarte e saberiam se o produto é altamente tóxico ou tem a possibilidade de ir para a reciclagem”, explicou Faya Ferrer, consultora de saúde ambiental em entrevista ao portal ecológico, Eco-Business.
A profissional ainda afirma que plásticos do tipo cloreto de polivinil (PVC), comumente usados para perfurar a pele e ter acesso às veias, também usado em bolsas de sangue, luvas cirúrgicas descartáveis, máscaras de oxigênio e blisters de comprimidos são tóxicos. Não devem ser reciclados e descartados de qualquer forma. Essas informações não estão especificadas em nenhuma embalagem.
Outra preocupação é que os plastificantes especiais como o DEPH, que são usados para tornar as embalagens mais flexíveis, também são prejudiciais à saúde e não estão especificados nos rótulos. Não são todos os pacientes que podem ter contato com esse plástico. Por exemplo, recém-nascidos não podem tomar medicamentos que estejam embalados nesse produto, pois há casos de crianças que não conseguiram se desenvolver em contato com remédios com essa substância. E mais uma vez, o perigo disso não está detalhado nos frascos.
Ferrer explicou que os hospitais das Filipinas e da Indonésia precisam tomar cuidado para não contribuir com o dano ao meio ambiente e a saúde dos pacientes se não souberem o tipo de plástico que estão usando em suas ferramentas médicas.
A especialista também explica que plásticos da área médica como o PP e HDPE têm ciclos de vida menos tóxicos e são recicláveis e isso também não está descrito nas embalagens.
O desafio desses países com relação à destinação correta de equipamentos médicos é que os hospitais compram produtos médicos a granel e isso dificulta rótulos com melhores explicações nas embalagens. Ferrer explicou que independentemente do tamanho do hospital, eles têm o poder de impor suas exigências ao adquirir seus suprimentos médicos.
“Se todos esses hospitais se unirem para melhorar a qualidade das embalagens e rótulos e admitirem que só compraram com essas exigências, eles com certeza ganharão voz”, concluiu Ferrer.
Fonte: Eco-Business
Texto produzido em 22/01/2020
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