15 de Marco de 2022,14h00
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Em uma reportagem publicada no ano passado que teve destaque na área de conteúdos do Recicla Sampa, o jornal The New York Times afirmava que uma parte considerável dos resíduos dos serviços de saúde (RSS) gerados pela pandemia poderia ter sido reciclada, mas acabou nos aterros sanitários ou foi incinerada.
Desde então, o que vimos foi um grande esforço de diferentes centros de pesquisa e instituições do mundo todo em busca de saídas para minimizar o impacto ambiental deste tipo de resíduo, que cresceu bastante desde 2019.
De acordo com um relatório da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), a produção de lixo hospitalar aumentou em cerca de 15% apenas no primeiro ano da pandemia. Em números reais, foram geradas 290 mil toneladas de RSS.
Na última semana, em um texto publicado na Folha de SP, a repórter Cláudia Collucci apresenta diferentes iniciativas de reciclagem de RSS em andamento no Brasil e algumas delas são incríveis.
Aqui em São Paulo, por exemplo, o Hospital Albert Eistein conseguiu zerar o descarte diário de sete toneladas de resíduos têxteis, como lençóis, toalhas e uniformes.
Depois de descontaminado, o material é encaminhado para ONGs e empresas que trabalham com mão de obra de comunidades carentes e fabricam itens como bolsas e sacolas retornáveis.
O Sírio Libanês, outro hospital referência na cidade, tem parcerias com diferentes empresas de reciclagem e consegue reaproveitar 37% de todo lixo gerado.
Já o Oswaldo Cruz conseguiu reaproveitar 325 toneladas em 2019, um aumento de 13% em relação a 2020.
São Paulo é uma das maiores cidades do mundo e um exemplo em gestão de RSS. Dos seus 12 milhões de habitantes, aproximadamente sete milhões dependem exclusivamente do Sistema SUS, que gera milhares de toneladas de Resíduos de Serviços de Saúde todos os anos.
Além disso, existem os hospitais e os estabelecimentos particulares espalhados pelos quatro cantos da capital. De acordo com um levantamento da Prefeitura, os cerca de 27 mil estabelecimentos cadastrados geraram quase 46 mil toneladas de RSS em 2020.
Esses resíduos são extremamente perigosos e podem prejudicar a saúde da população, além de contaminar o meio ambiente. Para atender toda essa demanda, evitar problemas sanitários e ambientais, e estar em conformidade com a legislação, a cidade conta com um amplo e moderno sistema de coleta, transporte e destinação correta dos RSS.
O trabalho é realizado pelas duas concessionárias da cidade (Loga e Ecourbis), sob coordenação da Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB).
De acordo com o último relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), nos países menos desenvolvidos, 60% dos hospitais descartam seus resíduos de saúde de maneira inadequada. Nenhum deles está na capital paulista.
Recentemente, fizemos uma reportagem que apresenta e explica como funciona o sistema de coleta de RSS na cidade.
Clique aqui e fique por dentro!
Texto produzido em 15/3/2022
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