10 de Setembro de 2020,10h00
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A população mundial tem usado máscaras e luvas como proteção contra o coronavírus. Porém, um fato chamou a atenção de vários países em março: nas praias asiáticas, muitas máscaras descartadas indevidamente foram encontradas aos montes nas areias e trilhas naturais. O fato aconteceu em Hong Kong, região administrada pela China, onde a maioria dos 7,4 milhões de habitantes está fazendo uso das proteções faciais no combate a Covid-19.
Recentemente, em agosto, essa realidade aconteceu nas praias brasileiras. No Rio de Janeiro, por exemplo, está se tornando usual encontrar máscaras boiando nos mares ou nas areias. O biólogo marinho da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e diretor do Instituto Mar Urbano, Ricardo Gomes, fotografa a biodiversidade marinha do Rio há mais de 20 anos e esteve recentemente nas praias da cidade e na Baía de Guanabara. Em Ipanema, ele registrou várias máscaras na água.
“Desde que liberaram o banho de mar e as atividades aquáticas tenho visto essas máscaras. E isso porque o que a gente enxerga na superfície é só 15% do que a gente vê de lixo oceânico. Se a gente encontra algo boiando, essa é só a ponta do iceberg”, disse ao jornal Extra.
Em agosto, uma equipe do jornal também encontrou máscaras jogadas nas areias da Enseada de Botafogo. Elas são vistas com frequência no Arpoador, quando chegam as correntes marítimas e afundam no leito do mar, ficando presas na arrebentação para depois chegar as areias.
Segundo o Extra, esses objetos também estão na Ilha do Fundão, no manguezal, e nas praias da Ilha do Governador. Nesses locais esses resíduos costumam se acumular mais.
“É como se tivesse surgido uma nova espécie de lixo no ambiente aquático. A tartaruga marinha e os peixes já devem estar comendo as máscaras porque elas lembram muito uma água-viva”, explica o diretor do Instituto Mar Urbano.
A Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) orienta que máscaras e luvas devem ser descartadas no lixo do banheiro ou no lixo comum. Elas devem estar depositadas de forma que os coletores não tenham contato direto com o material.
Fonte: Extra
Texto produzido em 27/08/2020
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