17 de Novembro de 2020,13h40
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Mesmo as máscaras de tecido, após diversas lavagens perdem sua eficiência e precisam ser descartadas. Com a criação de uma máscara reutilizável, feita por cientistas nos Estados Unidos, esse problema acabou. O item produzido por Sundaresan Jayaraman e Sungmee Park, do Instituto de Tecnologia da Geórgia, é totalmente segura, filtra bem e não aperta as orelhas.
A máscara dos pesquisadores não filtra apenas o ar, ela se ajusta perfeitamente ao rosto e, após 20 lavagens não perdeu suas características. O produto foi mostrado no site The Journal of The Textile Institute, voltado para a indústria de tecidos.
"A filtragem eficiente por si só não é suficiente", explicou Jayaraman no site do Instituto de Tecnologia da Georgia. "A combinação de ajuste, eficiência na filtragem e ficar fixa no lugar correto é o que faz uma boa máscara."
O produto é feito com duas partes. O design combina barreiras de tecido para a filtragem de partículas (com espaço para acrescentar um filtro extra, se desejado) a uma parte elástica para ajustar a máscara e mantê-la no lugar. Os tecidos utilizados para filtrar são sintéticos, pois retêm menos umidade do que tecidos como o algodão.
Os cientistas testaram vários tecidos e descobriram que uma máscara com várias camadas de pano dificulta a respiração e não é garantia de que filtra bem. O produto novo visa buscar um equilíbrio entre proteção e conforto, permitindo que a pessoa respire e se comunique com segurança e conforto.
Os modelos criados usam fecho colchete (semelhante ao de sutiã), na parte de trás da cabeça. Dessa maneira, ela não fica frouxa e não cai da face. Isso aumenta a segurança e a eficácia: o usuário não precisa ficar manuseando o acessório constantemente, o que evita contaminar a si próprio ou a máscara.
O ajuste bem rente ao rosto também soluciona um dos principais defeitos da máscara de tecido: vazamento de ar pelas bordas. O escape impede a filtragem correta e permite que partículas entram e saiam do espaço da máscara, colocando a pessoa e outras ao seu redor ao risco de contaminação. O vazamento de ar também causa outros efeitos desagradáveis como deixar os óculos embaçados.
Desenvolvendo o produto
"As máscaras se tornaram um acessório essencial no nosso guarda-roupas, e há uma dimensão social sobre como nos sentimos quando usamos elas", explica Park.
"Integrar forma e função é a chave para termos uma máscara que proteja as pessoas mas também faça com que elas se sintam bem e confortáveis consigo mesmas", complementa Jayaraman.
Os cientistas têm experiência no tema: há dez anos, quando houve a gripe aviária, eles desenvolveram máscaras e tecnologias de filtragem. Para os novos produtos contra o Coronavírus, eles compararam máscaras médicas com as de tecido para entender os principais defeitos. A partir daí, estudaram as qualidades essenciais de uma máscara e concluíram que os elementos mais importantes eram a filtragem, o ajuste no rosto, o posicionamento e a fixação.
A partir disso, muitos tipos de tecidos foram testados, observando a qualidade da filtragem e o ajuste. Os pesquisadores pretendem disponibilizar as especificações e padrões da máscara para o público e fabricantes poderem replicá-las.
"Fizemos uma abordagem cientificamente embasada para desenhar uma máscara melhor, estamos muito empolgados para divulgar isso para que as pessoas possam usá-la para proteger a si mesmos e aos outros", explicou Jayaraman.
Fonte: Uol
Texto produzido em 04/09/2020
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