08 de Outubro de 2020,13h00
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Uma pesquisa realizada pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Química Verde, Sustentabilidade e Educação (GPQV), da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), aponta que cerca de 1,38 milhão de toneladas de brinquedos de plástico serão produzidos no Brasil entre 2018 e 2030. Além disso, as embalagens dos produtos também fazem parte do problema, pois são feitas de plástico e precisam ser descartadas corretamente. O estudo estimou a geração de 582 mil toneladas de embalagens no mesmo período no país.
Segundo a diretora executiva do Instituto Alana, Isabella Henriques, a publicidade feita diretamente para a criança estimula um consumo "não refletido", uma vez que os pequenos ainda não conseguem identificar que o conteúdo publicitário é uma mensagem comercial e elas podem confundir como uma simples comunicação de entretenimento.
“As crianças estão aprendendo um consumo que não é consciente. Quando elas ganham um produto em um momento de impulso, dois dias depois vão querer outro brinquedo que está sendo anunciado e isso vira um ciclo”, esclarece.
De acordo com a diretora, o Instituto Alana defende o fim de qualquer direcionamento de mensagens publicitárias para crianças, inclusive dos brinquedos de plástico. “Nós entendemos que essas mensagens comerciais deveriam ser dirigidas aos adultos que detêm o poder de compra. Os pais também podem conversar com as crianças sobre qual é a melhor forma de fazer o consumo dos produtos que são anunciados”, esclarece.
Isabella ainda ressalta que a legislação no Brasil proíbe o direcionamento de mensagens publicitárias para crianças, mas essa lei muitas vezes não é respeitada. “Infelizmente o que nós vemos todos os dias é uma avalanche de comerciais voltados a elas”.
Ainda de acordo com a pesquisa, 90% dos brinquedos no mundo são produzidos a partir de materiais plásticos e muitos deles contêm substâncias tóxicas para crianças.
Fonte: Criança e Consumo e Sagres Online
Texto produzido em 28/09/2020
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