29 de Julho de 2020,10h00
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Quando visitamos uma praia, não é difícil se deparar com diversos itens plásticos descartados erroneamente no local. Foi o que aconteceu com o operador turístico Ben Morison, que ficou impressionado com a quantidade de lixo descartado na costa do Oceano Índico, no Quênia. Consciente do grande impacto ambiental que esses resíduos causam em nosso planeta, Ben resolveu agir. Nascia então o projeto Flipflopi.
Em um ambicioso plano, o queniano decidiu construir um tradicional veleiro, utilizando artigos de plástico encontrados no mar, e navegá-lo pela costa da África Oriental, alertando sobre a causa. “É muito fácil olhar para a esquerda ou para a direita e esperar que alguém faça alguma coisa, mas eu pensei: ‘o que posso fazer para ajudar a chamar a atenção sobre isso de forma divertida e alegre?'”, declarou às Nações Unidas. A embarcação de quase 9 metros, foi produzida a partir de restos de pranchas recicladas, enquanto o deque e o casco foram confeccionados a partir de 30 mil chinelos coletados.
Os materiais foram recolhidos nas praias de Lamu e nas ruas de Nairóbi, Malindi e Mombasa. Todo o processo foi realizado por artesãos locais e voluntários. “Nos limitamos expressamente aos recursos disponíveis localmente. Nós construímos este barco com construtores de embarcações tradicionais. Não há um computador à vista. Há apenas uma ferramenta elétrica. Poderíamos ter concluído o projeto em cinco meses e levamos dois anos e meio. Isso porque explicitamente queríamos demonstrar que essa reciclagem, essa capacidade de adaptar o plástico, pode ser feita nesse tipo de ambiente”, explicou o idealizador iniciativa a organização.
No final de janeiro deste ano, concidentemente no Dia Mundial da Limpeza, o bote realizou sua primeira expedição para conscientizar pessoas, onde percorreu mais de 500 km até Zanzibar.
“Esperamos que as pessoas ao redor do mundo se inspirem em nosso belo barco multicolorido e encontrem suas próprias maneiras de reutilizar os plásticos”, disse Morrison, a Reuters.
O Quênia tem se esforçado para implantar medidas de combate à poluição plástica. Segundo o site GreenMe, em agosto de 2017, as autoridades do país introduziram a proibição de sacolas plásticas no território, sendo estritamente ilegal a produção, venda e uso do utensilio. Quem descumprir a ordem corre o risco de ser penalizado com até quatro anos de prisão ou multa de aproximadamente 40 mil dólares.
Fontes: GreenMe, Reuters, Nações Unidas
Texto produzido em 06/01/2020
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