05 de Abril de 2019,12h00
Veja outros artigos relacionados a seguir
O lixo orgânico também é reciclável e pode ser transformado em adubo de alta qualidade. Essa foi a diretriz da discussão de um seminário sobre compostagem urbana realizado no mês de outubro, durante a ‘Semana Lixo Zero’, na Câmara Municipal de São Paulo, que reuniu profissionais da área.
O processo que transforma lixo orgânico (frutas, verduras, legumes, folhas secas, serragem, entre outros) em adubo chama-se compostagem, um material orgânico parecido com terra, extremamente rico em nutrientes. Na capital paulista, esse tipo de prática é ainda muito pequena. Segundo Victor Vieira, engenheiro ambiental e coordenador da empresa de soluções sustentáveis, Morada da Floresta, “dos aproximadamente 51% do lixo orgânico que são jogados fora, somente 0,3% é destinado para o processo da compostagem”.
A Prefeitura de São Paulo já vem tentando mudar esse cenário através de iniciativas que visam o reaproveitamento de resíduos orgânicos de feiras livres. Existem atualmente três grandes pátios de compostagem que funcionam nos bairros da Lapa, Sé e Mooca.
“Cada pátio recebe mais de 10 toneladas de resíduos orgânicos por dia. Queremos aumentar ainda mais essa quantidade. Gostaríamos que todos soubessem que o orgânico também é reciclável e se transforma em um adubo riquíssimo”, explica Rafael Golin, responsável pelos pátios de compostagem e resíduos orgânicos da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb).
Esse trabalho está prestes a ser ampliado gradativamente, por meio de um projeto piloto de compostagem que será implantado dentro de 121 escolas municipais de ensino infantil e fundamental. O método que será utilizado nas instituições de ensino será a compostagem feita por meio de minhocas, em que elas transformam os restos de alimento em adubo. “Estamos em fase de estudo. Se tiver um resultado positivo, queremos ampliar para muitos colégios”, completa Rafael.
Muitas empresas privadas, principalmente as do ramo alimentício, vêm se interessando em fazer compostagem para ampliar o reaproveitamento dos resíduos orgânicos. Fernando Beltrame é presidente da Eccaplan, empresa de consultoria na área de sustentabilidade, que atua auxiliando as instituições que desejam implantar uma composteira dentro dos locais de trabalho.
Durante o evento, ele destacou o trabalho realizando em um supermercado de grande porte na cidade de Florianópolis, em Santa Catarina, que possui apenas duas lixeiras para armazenar os resíduos orgânicos que seriam descartados. Hoje, as sobras são destinadas à compostagem, que se transformam em um adubo rico em nutrientes para o cultivo da horta no supermercado. “Este é um bom exemplo que pode ser replicado em todas as cidades. A compostagem se torna algo tão curioso, que até crianças de creches visitam a loja para aprender como faz o adubo natural”, finalizou Beltrame.
A técnica de compostagem é simples e pode ser feita em qualquer lugar, até mesmo dentro de casa ou apartamentos. Basta comprar uma composteira doméstica formada por três caixas acopladas utilizadas para as três fases do processo e pronto. O preço varia entre R$ 70 e R$ 300, de acordo com o tamanho escolhido. Assim, você pode evitar que esses resíduos sejam destinados aos aterros sanitários e ainda contribui com o meio ambiente.
Fonte: Humi e Composta São Paulo
Matéria produzida em 08/11/2018
Saiba como a reciclagem ajuda a conter a crise climática e o aquecimento global
Evento é um espaço para experiências de negócios e fortalecimento da Reciclagem Popular
Catadora, negra e semi-analfabeta, escritora foi uma artista brasileira de espírito livre
Falta de consenso resultou em convocação de uma nova reunião para 2025