08 de Julho de 2020,12h00
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O Brasil ainda é o líder mundial em reciclagem de latas de alumínio para bebidas. Em 2018, foram coletadas e recicladas cerca de 96,9% desses produtos, de acordo com o último levantamento feito pela Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) e pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas).
Com esse percentual, é possível afirmar que todas as embalagens que entraram em circulação no mercado (aproximadamente 26 bilhões de unidades) foram comercializadas e reaproveitadas. Para se ter uma ideia, das 330,3 mil toneladas de latas que foram consumidas, aproximadamente 319,9 mil toneladas foram recicladas.
“O Brasil é exemplo para o mundo. Desde 2004, nosso índice de reciclagem de latas permanece acima de 90%, o que significa que a cadeia da reciclagem tem acompanhado o crescimento do consumo”, afirma Milton Rego, presidente executivo da ABAL.
O profissional acredita que o dado é resultado do investimento da indústria do alumínio no sistema de reciclagem, como pontos de coleta em todo país e uma rede logística estruturada. “E claro, contamos com o trabalho eficiente, dedicado e fundamental dos catadores”.
Nos últimos anos, os fabricantes de latas entenderam que o consumidor está mais exigente e mais preocupado com a sustentabilidade do produto. Por isso, muitas indústrias começaram a usar novas tecnologias para a reciclagem e iniciaram a produção de embalagens mais leves, com menos matéria-prima.
Por ser um material infinitamente reciclável e com menos custos ambientais na fabricação, hoje em dia as latas servem para armazenar até mesmo água mineral. Pesquisas apontam que o processo de reciclagem consome apenas 5% de energia em sua fabricação, é muito menos gasto energético do que produzir com matéria-prima virgem. Além do mais, a reciclagem reduz em 95% a emissão de gases de efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global do planeta.
Outro grande benefício da reciclagem das latas é a redução dos impactos causados pela mineração. Cada quilo de produto reciclado é equivalente a economizar cinco quilos de bauxita, minério usado para a produção de alumínio.
Já na área social, a reciclagem gera renda para os catadores que necessitam da venda dessas embalagens. Além disso, esse material foi responsável por injetar mais de 1,6 milhão de reais na economia brasileira em 2018.
De acordo com as entidades, a reciclagem do alumínio poderia ganhar muito mais força se houvesse menos impostos. Hoje, existe um sistema de taxas complexo e cumulativo. A lata é taxada em cadeia, ou seja, desde a fabricação até chegar na mão do consumidor. Ao ser reciclada, essa embalagem paga mais uma série de impostos novamente. A solução disso é um regime fiscal que incentive processos sustentáveis de produção para conferir mais competitividade aos produtos reciclados. Essa proposta já está sendo defendida pela Frente Parlamentar da Economia Verde nas discussões sobre reforma tributária no Congresso Nacional.
Fonte: Tem Sustentável
Texto produzido em 23/06/2020
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