02 de Junho de 2020,12h00
Veja outros artigos relacionados a seguir
O período de isolamento social para evitar a propagação do novo coronavírus tem feito com que muitas pessoas busquem cursos em casa pela internet. Que tal aproveitar essa Semana do Meio Ambiente (1º a 5 de junho) para estudar sobre o sistema de resíduos da sua cidade?
A Amlurb (Autoridade Municipal de Limpeza Urbana) preparou uma série de vídeos com profissionais do setor para falar sobre a situação da coleta seletiva na capital paulista. A programação (confira aqui) vai até o dia 5 de junho (Dia Mundial do Meio Ambiente) e os conteúdos serão liberados diariamente nas redes sociais da Amlurb (Facebook, Twitter e Instagram), a partir das 12h.
No primeiro dia, a educadora ambiental Márcia Metran deu uma aula sobre como funciona o sistema de resíduos da cidade e tirou as principais dúvidas da população em vários aspectos, até mesmo como contribuir com a coleta seletiva e aumentar a taxa de reciclagem.
Confira as principais dicas da profissional e veja como você pode contribuir para a limpeza da sua cidade!
Todo material que pode ser reaproveitado se chama resíduo. Ele serve tanto como matéria-prima de uma cadeia produtiva como pode virar insumo para produção de energia. Além disso, os materiais servem de fonte de renda para trabalhadores de cooperativas.
Existe uma lei federal, nomeada por Política Nacional de Resíduos Sólidos, que informa que a responsabilidade dos resíduos é compartilhada. Ela pode ser do gerador, ou seja, daquele que consome um produto e torna-se diretamente responsável pelo seu descarte adequado, e também do produtor.
“A lei cita a corresponsabilidade. Por exemplo, uma mercadoria para chegar até nós passa pelo importador, indústria, distribuidor e comércio, então essas áreas têm que se unir e oferecer o caminho reverso desse material para que ele retorne à cadeia produtiva”, afirma Márcia.
A atitude do consumidor é a parte mais importante dessa cadeia. É preciso mudar a cultura consumidora para uma cidadã, porque, afinal, o resíduo está dentro da cidade e precisa ser destinado corretamente.
Cada cidade tem um sistema de coleta de lixo diferente. São Paulo, por exemplo, coleta o comum, aquele gerado em domicílio, e o reciclável, que faz parte da coleta seletiva. “O lixo comum precisa ser colocado em sacos pretos e os dias e horários que o caminhão da coleta passa em frente à sua casa precisam ser respeitados. Esse serviço cobre 100% da cidade de São Paulo, que é formada por aproximadamente 3,5 milhões de domicílios”, diz a educadora.
Do total do lixo comum, 30 a 35% são materiais recicláveis que perderam a chance de serem reciclados e contribuírem com a renda de trabalhadores que dependem da venda desses materiais. O cidadão é a chave para que esse sistema funcione.
“Para se informar sobre como contribuir com a reciclagem em São Paulo e com esse sistema, acesse o site do Recicla Sampa. Há vários conteúdos sobre o assunto, que ajuda o morador a começar a coleta seletiva em casa”, finaliza a especialista.
Para assistir ao vídeo completo da profissional, clique aqui.
Fonte: Facebook Amlurb
Texto produzido em 01/06/2020
Simplificar materiais e cores facilitaria triagem e reduziria perdas no reaproveitamento
Avanço é resultado de políticas públicas, educação ambiental e mudança de comportamento
Apenas 22% dos resíduos tecnológicos têm destinação ambientalmente adequada, informa ONU
Grande maioria é embalada em BOPP, material de difícil reciclagem no Brasil