25 de Setembro de 2020,12h00
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A Floresta Amazônica ganhará um projeto sustentável que mudará a rotina da comunidade situada próximo ao Lago Mamori, no estado do Amazonas. Trata-se de uma biblioteca comunitária flutuante que será construída com materiais recicláveis.
A iniciativa é do atelier do arquiteto e ambientalista Marko Brajovic e tem previsão para ser concluída até o final deste ano. O Recicla já noticiou sobre o profissional e mostrou que ele é adepto de uma arquitetura que une meio ambiente, sociedade e natureza em um mesmo universo. "Podemos habitar todos juntos a mesma região como uma espécie de organismo vivo”, disse.
A biblioteca flutuante visa um envolvimento entre as comunidades, as escolas e o meio ambiente. A ideia da surgiu por conta das dificuldades de acesso da população local às bibliotecas, pois a mobilidade da região é feita por meio fluvial. Então, a solução pensada por Marko foi elaborar algo flutuante que pudesse ser administrada localmente e tivesse acessibilidade, energia renovável e agregasse novas técnicas de flutuação. O objetivo é construir a estrutura com materiais locais e reciclados, como por exemplo, garrafas PET servindo como telhas.
“A flexibilidade de uma arquitetura flutuante é justamente para atender várias comunidades e também ser adaptável às mudanças da água, que tem uma maré que sobe por volta de 8 a 10 metros por ano’’, frisa o arquiteto Marko Brajovic ao portal Globo Rural.
O projeto começou a ser estruturado há dois anos, porém ganhou mais incentivo depois que foi contemplado, no início de 2019, com um edital sobre projetos artísticos e sociais sensíveis às mudanças climáticas. O incentivo foi oferecido pelas instituições internacionais Goethe Institute e pela Prince Claus Fund.
Porém, como 2020 está sendo um ano diferente para todos, por conta da pandemia do Coronavírus, o cronograma de obras foi alterado. Por exemplo, no começo do ano um protótipo foi feito, assim como foi realizado um treinamento com a comunidade local para ajudar na obra. Parte da estrutura já foi montada e, com o passar dos meses, veio a proliferação da Covid-19 e a construção foi interrompida. Apesar do entrave, Marko acredita que até novembro a biblioteca flutuante e sustentável estará pronta.
A primeira remessa de livros para o local será doada pela ONG Vaga Lume. A meta é que a cada ano um novo suprimento de 100 livros com conteúdos educacionais e sustentáveis estejam nas prateleiras. Na parte central do recinto flutuante, Marko planeja colocar uma mesa para que as pessoas possam usá-la como ponto de discussão para temas locais.
Segundo o profissional, o lugar trará a valorização das estruturas familiares e sociais da região, empoderará as comunidades femininas e levará desenvolvimento social e econômico para o entorno.
“O impacto de você construir localmente com as comunidades é muito positivo. Há uma troca de conhecimento, ideias, técnicas, tecnologia e construção. E também há uma valorização do conhecimento local, que é muito importante’’, conclui o arquiteto.
Fonte: Globo Rural
Texto produzido em 26/08/2020
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