31 de Julho de 2020,11h00
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Nos aterros sanitários do país, os resíduos acumulados soltam um tipo de líquido tóxico chamado de chorume, principalmente advindos do lixo orgânico, materiais gerados em sua grande maioria pela população. Essa substância, se não tratada corretamente, pode contaminar as águas subterrâneas.
De acordo com reportagem veiculada no Jornal Nacional, na maioria dos aterros do país não há tratamento adequado para esse composto.
“Não é possível que continuemos levando o chorume às estações de tratamento de esgoto, como é comum de se fazer, pois lá eles não o tratam”, contou o engenheiro civil Walter Plácido à mídia nacional.
Nos últimos anos, tecnologias foram criadas para proteger o meio ambiente e estão transformando o chorume em água limpa. É o que ocorrido no aterro sanitário de Cariacica, no Espírito Santo. No espaço, há um sistema totalmente brasileiro, que transforma 130 mil litros de chorume por dia em água tratada e adubo.
“Cerca de 95% da substância vira água e os outros 5% são transformados em adubo orgânico”, explica o empresário Poy Ramos Carneiro.
Já no Rio de Janeiro, na cidade de São Gonçalo, o chorume é tratado com uma tecnologia alemã. A substância é recolhida do aterro e bombeada para uma miniestação de tratamento que é do tamanho de um contêiner.
Equipamentos de ponta filtram o chorume e micro membranas deixam passar as moléculas de água. O processo já rendeu ao aterro uma economia de 300 mil reais em apenas dois meses.
“Eu acho que é um primeiro passo para que o país evolua no tratamento do chorume para todos os aterros”, diz Milton Pilão Junior, executivo da empresa de tratamento de resíduos.
Agora, o grande desafio é decidir o que fazer com os 80 mil litros de água limpa que são tratadas por dia. O uso mais correto seria destinar para indústrias.
Em São Paulo, o Recicla mostrou que no município de Santana de Parnaíba, o chorume do Aterro Municipal Tecipar está sendo transformado em vapor de ar, que é lançado para a atmosfera. A criação desse sistema é resultado de um projeto de cientistas e engenheiros denominado Wateffy, que conta com o apoio da empresa brasileira Techtools Ventures, uma aceleradora de startups.
“Decidimos começar a ação por Santana de Parnaíba, pois o aterro deles é de excelente qualidade e tamanho”, conta o presidente da Techtools, Jeff Plentz, que pretende investir cada vez mais em ações de alto impacto social e ambiental.
Com a medida, Santana de Parnaíba passa a dispensar o transporte de chorume para tratamento. Toda a base para transformar o líquido do resíduo em vapor de água foi instalada dentro do próprio aterro com cinco tanques, que formam a Estação de Tratamento do Chorume (ETC). Para saber mais, clique aqui.
Fonte: Recicla Sampa e Jornal Nacional
Texto produzido em 06/05/2020
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